Uma Dobra no Tempo – Crítica

Confira a crítica de Uma Dobra no Tempo

O filme é uma adaptação do livro de mesmo nome de Madeleine L’Engle de 1962, sendo considerado um clássico por conseguir unir física e fantasia de uma forma simples e cativante.

No longa somos apresentados a Meg Murry (Storm Reid), onde ela perde o pai Alex Murr (Chris Pine) em um evento misterioso enquanto trabalhava em sua pesquisa. O evento teve um resultado desastroso na vida de Meg, de boa aluna, ela se torna rebelde e inconsequente, por que em sua cabeça o pai abandonou a família pra continuar sua pesquisa.

O restante da família de Meg, também sofrem com isso, sua mãe Kate (Gugu Mbatha-Raw) e seu irmão adotado Charles Wallace (Deric Mccabe) também sentem a falta do mesmo, mas tentam seguir a vida.

A diretora Ava Duvernay (Selma) disse em uma entrevista recente, que o roteiro de Uma Dobra no Tempo seria focado em crianças de 9 a 12 anos, onde o fico seria contar uma boa história. E durante todo o longa isso fica claro, pois a história é bem contada, mesmo que seja pra um público mais jovem, não há um adulto que não seja tocado pela bela história do longa.

O problema do filme, é justamente esse, ao focar em contar uma boa história, ele sofre em conseguir estabelecer um mundo, elementos básicos e a fantasia que envolve a história. O foco é totalmente na família e como eles tentam resgatar o pai, mesmo com um elenco estelar (Oprah Winfrey, Reese Witherspoon, Mindy Kaling, Levi Miller, Chris Pine e Gugu Mbatha-Raw) tem dificuldade em explicar os elementos, muitos deles ficam soltos durante o longa. Até mesmo participações pontuais como Zach Galifianakis e Michael Peña são desperdiçadas.

Uma Dobra no Tempo consegue tocar onde o livro é forte, na relação da família e de como podemos ser contaminados pelo mal por qualquer coisa ou momento e filme foca apenas nisso. Não temos um vislumbre sequer do universo de Madeleine.

O longa até consegue tocar as crianças, por falar de aceitação, família e sentimentos, mas infelizmente é um filme raso, então dificilmente criará laços pra uma continuação ou quando a criança crescer lembrar do filme que viu.