Dia do Rock! Os festivais Rock n Roll que marcaram o Brasil

Dia do Rock, o que começou em uma causa nobre no Live-Aid de 1985, tornava o 13 de julho, um dia histórico que as gerações seguintes, orientadas pelos seus ãs, pais, amigos, mantém viva a tradição da peita, corrente, caveira, all black nas roupas e curtir muito rock n roll.  E no mesmo ano, em janeiro de 85, o Brasil recebia sua primeira edição do que seria um dos maiores festivais de rock e sucessivamente um festival musical abrangendo diversos gêneros, de todo o mundo. Em sua primeira edição o Rock in Rio contou com marcos do Rock: Queen, Iron Maiden, Whitesnake,  AC/DC, Scorpions, Ozzy Osbourne, Yes, Rod Stewart e entre os brasileiros: Erasmo Carlos, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Rita Lee e Lulu Santos. Considerada a maior edição do festival, o Rock in Rio fez história exportando-se para outros países e ainda é presença a cada dois anos no Brasil, mesmo que não inove em line-up, o festival leva multidões ao seu dia do rock.

As edições do festival aconteceram em 1985, 1991, 2001, 2011, 2013, 2015, 2017 e 2019. A edição de 2021 foi adiada devido a pandemia e transferida para 2022, mantendo a edição de 2023.

Se você quer entender a origem do Dia Mundial do Rock, confira o podcast especial sobre este 13 de julho nas principais plataformas de áudio.

 

Os Festivais alternativos no Brasil

O Monsters of Rock desembarcou no Brasil pela primeira vez em 1994 com bandas como Angra, Viper e Raimundos como representantes nacionais, Suicidal Tendencies, Black Sabbath, Slayer e Kiss em seu line-up. Em 1995 o Megadeth, Faith No More, Alice Cooper e Ozzy Osbourne faziam filas e filas para curtir o rock em São Paulo. 1996 foi o último ano de Rock n Roll no Pacaembu, como bandas como Helloween, Motorhead, Skid Row, Iron Maiden e King Diamond. A última edição na era clássica dos anos 90 aconteceu em 1998 com Saxon, Savatage, Slayer, Manowar, Megadeth e Dream Theater entre os destaques na pista de atletismo do Ibirapuera, em São Paulo.  Após tantos anos, o Monsters of Rock decidiu retornar ao Brasil em 2013 na Arena Anhembi, trazendo grande setlist, Slipknot, Korn, Limp Bizkit, Killswitch Engage e Hatebreed no primeiro dia, Aerosmith, Whitesnake, Ratt, Buckcherry e Queensrÿche no segundo dia. E o que marcou o festival negativamente, fazendo a produção desistir de vez do Brasil e nunca mais querer voltar, foi a edição de 2015 que não acabou bem! 

Muito calor em São Paulo nos dias 25 e 26 de Abril, Ozzy Osbourne e Judas Priest como as principais atrações do festival ao lado de Rival Sons, Primal Fear e outras atrações pontuais, mas antes disso tudo, a banda Black Veil Brides, em ascensão mundial, tocaria antes dos grandes nomes do rock. E uma briga generalizada com diversas agressões aos fãs da banda já havia acontecido na fila, feita por fãs de outra banda que tocaria após o BVB, conhecida apenas por ser o Motorhead. Hostilidade no palco, muitos objetos atirados e desistência de continuar o show, fãs feridos e um dos membros da banda americana, também ferido. Conhecidos pela grande caracterização e maquiagem, pintura corporal e um estilo black metal, o Black Veil Brides desistiu de tocar, bandas perderam o horário e foram transferidas para o dia 26, ao lado de Kiss e Accept e o Monsters of Rock ficou marcado negativamente para o Brasil.

O festival que mais deixou saudades nos fãs do rock, por trazer as novidades mundo afora, reunir bandas de calibre e que muitas vezes jamais tinham visitado o país foi o Maximus Festival. Em duas edições históricas, sendo a primeira em 2016, trouxe no feriado de 7 de setembro, Rammstein, Disturbed, Hellyeah, Halestorm e Hollywood Undead, Marilyn Manson, Bullet for my Valentine, Black Stone Cherry, Shinedown, e Steve’n’Seagulls. A edição mais comentada foi a segunda e última, em 2017, trazendo uma das últimas apresentações do Linkin Park. O Five Finger Death Punch mobilizou grande parte dos fãs que também contaram no line-up com Ghost, Hatebreed, Slayer, Rob Zombie, Red Fang, Böhse Onkelz, Rise Against, Pennywise, The Flatliners e outras atrações nacionais. 

A produtora teve ingressos esgotados em seus dois anos de festival, ambos no autódromo de Interlagos, em São Paulo, mas nunca se pronunciou oficialmente pelo fim do festival e pela não realização de novas edições. 

O Five Finger Death Punch ganhou um episódio especial no NEXP Podcast, disponível nas maiores plataformas de áudio.

O SP Trip mostrou que se São Paulo recebesse o Rock in Rio, daria show em organização, festival que aconteceu em 2017, como um braço do evento que aconteceu no Rio, o festival concentrou grandes nomes e ícones do Rock n Roll como The Who, Bon Jovi, Guns N’ Roses, Aerosmith, Def Leppard, The Cult, Alice Cooper e The Kills e ainda a primeira vez do Alter Bridge no Brasil.

Hollywood Rock: Um festival esquecido, porém marcante ao público, em 1993 a edição mais comentada, devido ao show do Nirvana, um dos piores shows da história da banda. Foram oito edições do festival que levava em seu nome, a marca de cigarros, que viria a ser proibido qualquer veiculação de marcas de cigarro em eventos. De Raul Seixas em 1975, Duran Duran e Simply Red em 1988, Bon Jovi, Bob Dylan e Tears For Fears em 1990, Aerosmith, Sepultura e Robert Plant em 1994, foram eventos marcantes para a história do rock no Brasil.

Além disso, eventos marcantes para o Indie Rock como Lollapalooza e Popload Festival se mantém vivos e sempre trazem novidades ao país do samba, com visitas grandes bandas e edições marcantes. Já o João Rock, marca todos os anos o cenário do Rock n Roll nacional e dá forças ao Underground brasileiro, o festival de rock acontece em Ribeirão Preto em São Paulo.

E já imaginou um festival dos sonhos? O NEXP Podcast preparou!

O Rock n Roll está vivo dentro de cada um de nós que apreciamos o genero, algumas pessoas precisam entender que bandas vem e vão e a história já está contada, ninguém apaga esse marco, novas bandas e com até mais talento, surgem todos os dias, mantendo viva a tradição e ninguém cabe fazer uma separação, briga, ódio dentro da categoria dos rockeiros. Já vistos como marginais muitas vezes, nos unir e aprender que o passado, presente e futuro caminham lado a lado nas cordas da guitarra da vida.

Sobre Klaus Simões 440 artigos
Jornalista pela FIAM, Técnico em Comunicação Visual pela Etec de São Paulo, especialista em coberturas de eventos, esportivas e musicais, geek e alternativo. Responsável pelo NEXP Podcast.