A reputação dos famosos e consequências de suas posições: estrela da série de Star Wars é demitida após opinião polêmica

Se antigamente a vida profissional poderia ser separada da vida pessoal, hoje já não pode tanto. Pelo menos no que diz respeito às opiniões. Assistimos diariamente as consequências dos posts de pessoas famosas e cada vez mais preconceitos, apologia à violência e desrespeito aos direitos humanos não são tolerados. E a demissão da atriz de The Mandalorian é a mais recente prova disso. 

Gina Carano é a estrela da série de ficção científica que faz parte da franquia Star Wars e está disponível na plataforma do Disney Plus. Ela já tinha participado das duas temporadas da série, que estreou em 2019. 

A atriz norte-americana, de 38 anos, compartilhou um post declarando que ser republicano hoje era como ser judeu durante o Holocausto. Além disso, alegou que o genocídio judeu na Alemanha foi causada pelos “vizinhos”, não pelos nazistas. 

Segundo o site Rolling Stone Brasil, a postagem de Gina ocorreu logo após críticas aos republicanos que incentivaram a invasão do Capitólio. O post não está mais disponível, mas fãs tiraram prints que viralizaram no Twitter, segue abaixo.

Logo após o compartilhamento, a #FireGinaCarano ganhou visibilidade no Twitter, e ontem (10), a  Lucasfilm, produtora da série, declarou: “Gina Carano não está mais empregada pela Lucasfilm e não há planos para que ela esteja no futuro. Mesmo assim, suas postagens nas redes sociais depreciando pessoas com base em suas identidades culturais e religiosas são abomináveis e inaceitáveis”. 

Segundo uma fonte do site The Hollywood Reporter, o estúdio já procurava motivos para demitir a atriz, e a declaração foi a “gota d’água”. 

No ano passado, a atriz também causou polêmica nas redes sociais, quando fez declarações transfóbicas no Twitter e criticou o uso de máscaras para combater o novo coronavírus. 

Em tempos em que as pessoas estão lutando contra a pandemia, o racismo e a violência de diversas naturezas, ofensas e preconceitos não são mais tolerados por empresas, patrocinadores e opinião pública na rede social. E nem deveriam.