Opinião: o impacto de Pokémon 

Você deve ter acompanhado esta semana no NEXP diversos conteúdos em celebração à #SemanaGeek. Portanto, a matéria desta sexta-feira não poderia ser sobre outro assunto senão algo que representa bem esse universo: Pokémon.

A franquia Pokémon é um sucesso global que impactou diversas gerações. Em março deste ano, completou 25 anos e anunciou algumas novidades

Aposto que quando Satoshi Tajiri criou Pokémon, não imaginava até onde chegaria. Ele fundou a Game Freak, seu estúdio de desenvolvimento de jogos, e, em 1990, iniciou o projeto “Capsule Monsters”, que usava o conceito da série Ultraseven, em que monstros eram guardados em cápsulas. Assim, Satoshi inventou que jogadores poderiam colecionar monstros e carregá-los consigo dentro do Game Boy (console portátil desenvolvido pela Nintendo). Isso seria possível por causa da conexão entre consoles por um cabo Game Link, pelo qual seria possível “transportar” os monstrinhos de um aparelho para o outro e entrar em batalha com outros jogadores. Pelo visto, a Nintendo não aceitou a ideia de primeira e recusava as ofertas de venda. Foi só quando Shigeru Miyamoto, criador de Mario, decidiu entrar no desenvolvimento que as coisas começaram a andar. 

Foi assim que começou a história da franquia. Com o êxito do jogo e apenas 151 monstrinhos, Pokémon ganhou seu “Trading Card Game”, jogo de cartas colecionáveis, ainda em 1996, e o anime que todos conhecem veio depois, em abril de 1997. Com a série de anime, surgiram mangás e revistas e até mesmo uma loja de objetos colecionáveis no Japão.

A franquia continuou investindo em spin-offs, brinquedos e novos jogos. Tanto é que, em 2016, lançaram “Pokémon Go”, aplicativo de celular que, por meio da realidade aumentada, GPS e câmera, possibilita que os usuários encontrem as cápsulas na vida real, treinem e batalhem com os monstrinhos. O aplicativo foi uma febre na época, sendo baixado mais de 750 milhões de vezes no mundo todo. Apesar de hoje não ter tanto alcance, as pessoas continuam jogando. Prova disso é que, só em 2020, registrou 100 milhões de downloads. 

Reprodução

A Exame reportou que, de acordo com dados da consultoria britânica SafeBettingSites, a franquia Pokémon é a maior do mundo, superando as vendas totais de Marvel Cinematic Universe (US$ 35,3 bi), Star Wars (US$ 68,7 bi), Ursinho Pooh (US$ 80,3 bi), Hello Kitty (US$ 84,5 bi) e Mickey Mouse (US$ 80,3 bi). O jornal também reporta que os games já estão na oitava geração, com mais de 800 monstrinhos diferentes.

Concluindo: Pokémon marcou muitas gerações de jovens e tudo indica que está longe do fim. A capacidade da franquia de ter se mantido atualizada ao longo de todos esses anos “colecionou” os mais variados fãs. Sejam jovens dos anos 90 ― que hoje já são adultos e viram os jogos e anime se consagrarem ―, sejam os jovens dos anos 2000 e 2010 ―  que continuam consumindo os produtos. 

Particularmente, eu não sou a maior fã de anime e sei pouco sobre o universo. Mas guardo com muito carinho minhas manhãs assistindo a animes como Pokémon e me divertindo com as peripécias dos vilões, apesar de não saber nenhum nome dos personagens a não ser o do Ash. E como eu, há outras milhares de pessoas que, mesmo sem serem fãs convictos, admiram e reconhecem o trabalho da franquia.

Um ponto válido a se observar é a iniciativa da Pokémon Company em convidar Katy Perry, Post Malone e J Balvin para performar em homenagem aos 25 anos. Talvez isso seja uma dica do que a companhia espera inovar no futuro.É preciso reconhecer o imenso impacto da franquia na cultura infantil; impossível esquecer dos tempos da exibição do anime na TV Globinho e SBT, das trocas de cartas no recreio da escola e dos bichinhos de pelúcia do Pikachu que toda criança sonhava em ter.