Lançado em abril de 2021 pela Better Noise Music, Chemical Warfare é o novo álbum do Escape The Fate, trazendo a mesma qualidade de sempre da banda, mas com um toque renovador e que se desprende de vez dos tempos ‘emo’ do grupo.
Chemical Warfare (Guerra Química) foi lançado perto da data de aniversário de sobriedade do vocalista Craig Mabbit e o título do sétimo álbum de estúdio do grupo, marca muito a trajetória do vocalista de 34 anos, principalmente o apoio que recebeu de seus companheiros de banda. E Craig à Rocksaund comentou sobre o álbum que estava praticamente pronto antes mesmo da pandemia.
“Quando eu revisito o álbum agora, eu percebo que nós fizemos o álbum perfeito para o momento atual antes mesmo de sabermos disso”
O que podemos esperar nas 12 faixas do disco?
Um dos maiores destaques é a faixa de apresentação do álbum que ganhou um clipe cheio de raios e efeitos especiais, “Lightning Strike” uma das faixas mais interessantes e animadas dentre todas. Um destaque por parte da crítica é a música “Not my Problem” com participação do Ex-Blink 182 e que está em todos os lugares sempre, Travis Barker.
“Unbreakable” um dos singles e Burn the Bridges trazem uma batida diferente das produções anteriores do Escape the Fate. O que é de se ressaltar, um novo sentido, rumo e cada vez menos se apegando aos traços emo que carregaram a banda por longos anos. Alguns fãs ainda tem em mente a época em que o vocalista Ronnie Radke liderava a banda e quem ainda precisa viver a nostalgia dos tempos de canções como “situations” pode ir ouvir seu outro projeto que é o Falling in Reverse.
Já o poder vocal de Craig Mabbitt permanece, independente de problemas enfrentados em sua vida, o cuidado que o vocalista tem com sua voz é um dos principais motivos do sucesso do novo disco. Nada de berros e guturais que mais atrapalham a música, nada de exageros e a inserção de tecnologia nas melodias, mostra que o Escape the Fate é uma banda futurista e que não vai parar no mais do mesmo.
Kevin “Thrasher” Gruft na Guitarra, Thomas “TJ” Bell no Baixo e vocal de apoio e Robert Ortiz na bateria formam junto ao vocalista Craig Mabbit o Escape the Fate em mais um incrível álbum, uma produção cuidadosa e lançada no momento certo.
Faixa a Faixa!
1 – Lightning Strike – 2:47
A melhor faixa do álbum, trazendo um som mais leve e que agrada qualquer pessoa, sendo do rock ou não, guitarra leve e um tom vocal interessante como faixa de apresentação do álbum, marcando de fato a nova fase da banda. Se não a melhor dentre os 3 últimos trabalhos completos da banda com um clipe interessante.
2 – Invincible – 3:53
O melhor desta música é a participação de uma das maiores violinistas do mundo, Lindsey Stirling, agregando ainda mais em cada detalhe da canção que traz uma letra diferente, inspirada na sobriedade do vocalista. O início da música é um pouco parecido com “Throne” do Bring Me The Horizon, além disso é mais uma canção tranquila e foi single do disco.
3 – Unbreakable -3:03
A segunda faixa a ganhar um videoclipe, onde a tecnologia entra de vez nas músicas e finda o cântico emo e screamo, fase boa, mas que deve ficar apenas no passado da banda.
4 -Chemical Warfare -3:15
A faixa sobre a guerra química vivida por Craig Mabbit, vocalista da banda e o apoio do grupo com ele, a espera por melhora, torna essa faixa a segunda melhor do disco inteiro! A letra já diz muito sobre a canção:
Há pessoas ao meu redor, eu só quero ficar sozinho Eu me sinto muito melhor quando estou me afogando sozinho
Meu coração está cheio, mas nosso amor está partido Me deixou aqui com a porta aberta Nada para conter a dor que eu carrego Exceto guerra química
5 -Erase You -2:29
Uma faixa complementar e a balada do disco, calma e suave, trazendo sempre a parte hip-hop quem sempre há nos álbuns do Escape
6 -Not My Problem (feat. Travis Barker) -3:26
A música mais aclaamda da crítica, com uma bateria perfeita de Travis Barker, Ex-Blink 182, mas que sempre faz parcerias por todos os cantos, o refrão por alguns instanmtes remetem a 2010 quando Craig entrou para a banda. Uma das melhores faixas, até parecendo uma mistura de Blink com Escape the Fate.
7 -Burn the Bridges 3:41
Uma faixa complementar e com elementos fonográficos e corais que destacam muito bem a canção
8 -Demons – 2:55 e 9 -Hand Grenade -2:41
As músicas clássicas do Escape the Fate em que o gutural e os gritos aparecem, em menor escala, mas a base da canção é sobre o screamo que precisa ter para os fãs que param no tempo e choram ouvindo músicas que relembram um passado que não é mais possível para a banda.
10 – Ashes (Broken World) -3:06
Intercalando a regra dos segundos em que a música precisa mudar e os tons baixos e altos que levam a música e nem fazem parecer que possui três minutos. Longo tempo de vocal only e um tom certo com coro.
11 -My Gravity – 3:20
É aquele canção que tanto faz estar no álbum
12 – Walk On – 3:35
A reflexão sobre o trabalho e totalmente inversa da faixa inicial, com forte uso da segunda voz, uma música comemorativa pelo trabalho, toques de música clássica e a guitarra em tom mais baixo, mas com o melhor solo de todo álbum.
Jornalista pela FIAM, Técnico em Comunicação Visual pela Etec de São Paulo, especialista em coberturas de eventos, esportivas e musicais, geek e alternativo. Responsável pelo NEXP Podcast.
