Androyde sem par: Duo fala sobre lançamentos ao NEXP Podcast

Androyde Sem Par

Música e cultura estão caminhando lado a lado desde os tempos mais primórdios, uma mistura de referências e história, ligadas a qualidade de musicistas, se pudéssemos juntar muita cultura brasileira e uma boa música, um nome viria à mente, o duo Androyde Sem Par.

A banda Androyde Sem Par lança seu terceiro registro de estúdio com composições românticas, reflexivas e de protesto. ‘Antena Rayz’ é marcado pelo trânsito de sonoridades indígenas com o pop, o blues e a música eletrônica. E o duo esteve no Sinfonexp, programa musical do NEXP Podcast.

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“Eu acho que a gente tem que recuperar um pouco essa questão de um trabalho que os artistas têm que fazer em relação à sociedade. Ultimamente perde-se a capacidade de apontar e questionar. O Juão tem todo um trabalho com comunidade indígena, então isso é essencial, ainda bem que as coisas, mesmo  que tardiamente, mas se abrindo, só tenho que agradecer e aproveitar a oportunidade aprender as oportunidades que o Juão levanta.” – comentou Emmo Martins durante o Sinfonexp.

Quem são os integrantes de Androyde Sem Par?

Androyde Sem Par, dupla formada pelo multiartista potiguara Juão Nyn e pelo produtor musical paulistano Emerson Martins.

Criado em Natal – RN, Androyde Sem Par continua neste EP as experimentações do álbum GRAVE – 2013, que lançou a banda ao sucesso regional, e do álbum Ruynas – 2019, com a mudança temática e o som elaborado que iniciou a parceria entre o duo, marcando o “encontro do homem branco e do homem indígena”.

Antena Rayz por Androyde Sem Par

“Antena Rayz” tem 5 faixas, compostas por Juão e Emmo Martins, que também assina os arranjos e a produção musical. A faixa-título, homônima ao EP, é um flerte entre som industrial e Clube da Esquina, com uma atmosfera densa e obscura. “TEXERETÉ” foi escrita em tupi-guarani por Juão Nyn e o linguista Luã Apyka. “YNCENSO”, um carimbó dançante, conta com a participação especial da drag queen Potyguara Bardo: “Essa junção de dois artistas contemporâneos, da mesma etnia, LGBTs de gerações distintas, vem pra mostrar a quantidade e qualidade que existe na música norte-rio-grandense, polo cultural fora do eixo Rio-São Paulo”, comenta Emerson Martins. “TE AMO ME” é sobre o amor ser um ato de integração e “SAUDADE DE DEMORAR” é uma ode ao ócio.

“Durante a construção desse repertório nós pensamos muito nos fungos, nos micélios, que são a internet na floresta. Algo velho que ao mesmo tempo nos conecta com tudo que é novo. Nós humanos devemos ser os robôs criados pelo reino fungi. Miramos neles que já possuem um formato de anteninha – e que as raízes podem ter quilômetros – numa utopia de destruir muros, borrar fronteiras entre dicotomias criadas pela nossa sociedade que geram segregações desnecessárias. Queremos gerar integrações… Desde sentimentos de amor e bem viver à como nos alimentamos do mundo e o que emanamos de volta para ele”, destacam os artistas.

A gravação do projeto foi financiada pela Lei Aldir Blanc – Inciso III. “Com o aumento dos custos de tudo que é básico para sobreviver e sem financiamento público, esse EP jamais poderia vir ao mundo diante do meu contexto de vida”, revela Juão. “Me mudei para São Paulo pela carência de políticas que financiem a cultura em Natal. Lá fizemos, em 2013, o primeiro álbum por financiamento coletivo. Mas o segundo conta com o apoio de políticas públicas em São Paulo. 

Antena Rayz é o que plantamos nas Ruynas, é o que desejamos que floresçam: encontros. Acreditamos muito no governo Lula que inicia, como um habitat possível para a democratização do acesso, existência e fruição da arte com pensamento crítico e sensível no Brasil”.

“A música mais forte é ‘Insenso’. Aquele refrão o Juão veio com ele pronto, aquela guitarra que abre  a música, era a guitarra que tinha que ter ali.”

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