Coluna: Aglomeração de entretenimento, exemplos da TV na pandemia

Em tempos de home office, o novo normal, a incerteza de futuro e adaptações de se viver, nossas vidas em quatro paredes. Qual nosso desafogo? Televisão e nela o discurso é sempre o mesmo: “fique em casa, evite aglomerações” e este texto não debate se isso está certo ou não, até porque é óbvio que está. 

O que necessitamos ressaltar é, quantas pessoas são necessárias para colocar uma estrutura televisiva ao vivo? Com raras exceções de programas, alguns lotam suas bancadas e redações ao fundo de profissionais, repórteres na rua sem  máscara. 

Os programas de fofoca são os piores nessa questão, inúmeros convidados presenciais, mesmo com protocolos de testagem, o exemplo é o que passa para o telespectador, a não adaptação para o formato digital é mais um erro inexplicável, o brasileiro não entendeu ainda que o país a subdesenvolvido e não é os Estados Unidos, que vacinas serão com sorte, concluídas em 2023. 

Os programas esportivos, muitas vezes palanque político e de debate não essencial, fora de contexto e hora, por profissionais que não aceitam opiniões diferentes de suas próprias, são os piores, muitos integrantes participando das mesas redondas, piadas, quadros com integrantes na rua, apresentador em talk show de YouTuber e por aí vai. Alguns jornalistas esportivos cravam com unhas e dentes a paralisação do futebol, mas pregaram hipocrisia ao se aglomerar com seus companheiros em ambientes fechados, esse é o nosso Jornalismo. Alguns programas inclusive já possuem plateia, desafios entre convidados, apresentadores nem aí para o atual momento.

Kwai, Tiktok, YouTube e Instagram são o marco da bestialidade humana, a fama faz desconhecidos em busca de reconhecimento por likes e views, fazerem desafios de beijar alguém na rua, cantadas e outras milhares de coisas publicadas nas redes sociais, é incrível como não há um respeito sobre um momento tão delicado.

Aos fim de semana piora muito mais! Aí que a festa da aglomeração é a maior de todas, mas tudo bem, fase verde na eleição e vermelha no resto, políticos gravaram suas campanhas na rua sem máscara e seriam poucas letras e palavras para continuar essa pauta. 

Cuidem-se, quem é desconhecido não vira notícia, vira estatística.

Sobre Klaus Simões 457 artigos
Jornalista pela FIAM, Técnico em Comunicação Visual pela Etec de São Paulo, especialista em coberturas de eventos, esportivas e musicais, geek e alternativo. Responsável pelo NEXP Podcast.