‘A Mulher na Janela’ promete, mas não cumpre

O longa-metragem de suspense “A Mulher na Janela” estreou na Netflix na sexta-feira (14) e já ocupa o 1º lugar do Top Brasil no serviço de streaming.

Baseado no livro homônimo de A. J. Finn, o filme retrata a história de Anna Fox. A psicóloga infantil é interpretada por Amy Adams, que foi Lois Lane em “Homem de Aço” e “Liga da Justiça”. A protagonista sofre de agorafobia, o que a faz ter medo do mundo externo e passar a maior parte do filme dentro de sua casa, observando os acontecimentos pelas janelas. De acordo com a psicóloga Adriane Branco ao UOL:

“A pessoa faz uma leitura errada de um acontecimento que lhe causou muito estresse ou de uma experiência traumática. A partir de então, ela passa a enxergar eventos semelhantes ou não como ameaçadores, mesmo quando não há ameaça alguma. Seus pensamentos passam a lhe informar que a situação, mesmo que segura, é perigosa, e automaticamente seu corpo reage com os sintomas”. 

Em certa noite, Anna ouve um grito enquanto toma banho e vai até uma das janelas para verificar o que estava acontecendo. A mulher entra em desespero ao ver uma pessoa sendo esfaqueada e morta (caso você seja fraco para cenas de sangue e violência, fique tranquilo referente a essa cena). Apesar do medo extremo, Anna é corajosa e tenta salvar a vítima. Contudo, sofre um atropelamento. A mulher acorda em sua casa com dois policiais, o suposto violentador e uma pessoa que se identificava com o mesmo nome da vítima (não vamos mencionar para que não haja spoilers). A partir desse momento, duvidamos da sanidade mental de Anna, visto que a vítima estava viva, sã e salva – apesar da aparência diferente. O filme se desenrola com a psicóloga tentando encontrar indícios para provar o que tinha visto e que aquela pessoa não era quem dizia ser.

Apesar do longa contar com Amy Adams, Gary Oldman (Sirius Black na franquia “Harry Potter”) e Julianne Moore (Dra. Sarah Harding em “O Mundo Perdido – Jurassic Park“), a nota de 5,8 do IMDb condiz com a minha, considerando que a mulher superou seu extremo pavor do externo muito facilmente. Além disso, não houve muito suspense para que o telespectador tivesse interesse o bastante para desvendar se o assassinato tinha sido real ou não. Se você quiser sentir a agonia de estar do lado do protagonista e ninguém mais acreditar na versão dele da história, assista “Fratura”, também disponível na Netflix e protagonizado por Sam Worthington, o ator que fez Jake Sully em “Avatar”. 

E aí, você conhece algum filme que te faz duvidar do que é verdade? Compartilha conosco nos comentários!