YouTube divulga principais tendências globais no consumo de vídeos

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O YouTube lançou na última semana a nova edição do Relatório de Cultura e Tendências baseado no consumo de vídeos na plataforma entre o meses de julho de 2022 e maio de 2023. O objetivo do estudo é entender a fundo como ferramentas inovadoras vêm sendo usadas para criar novas formas de expressão e produzir momentos que tenham ressonância na cultura atual. Para isso, foram realizadas pesquisas em 14 países, incluindo o Brasil, com componentes da Geração Z e adultos com idade entre 18 e 44 anos que acessam conteúdo online, com análises de cultura e perfil de consumo dos usuários da plataforma.

A seguir conheça as quatro principais tendências identificadas esse ano:

Tecnologias baseadas em Inteligência Artificial

Em meio à explosão de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial (IA), os criadores estão se adaptando às novas tecnologias e ampliando suas habilidades criativas. Em 2023, foram mais de 1,7 bilhão de visualizações de vídeos relacionados a ferramentas de IA generativa que chegou para democratizar as formas de se comunicar, trazendo um novo mundo, onde ideias inovadoras serão a base do mundo digital.

Esse conteúdo vem sendo produzido numa velocidade sem precedentes. Isso significa que os vídeos podem existir numa espécie de ecossistema – ampliando o significado de um único conteúdo isolado. 60% dos adultos entrevistados afirmam que estão abertos a assistir criadores que usam IA para gerar conteúdo.

Exemplo disso, são os criadores e as bandas de K-pop virtuais lançados por empresas coreanas, os VTubers, (influenciador ou YouTuber virtual). O interesse por esse tipo de produção é alto entre os adolescentes — principal público —, mas também entre adultos: segundo a pesquisa, 52% dos entrevistados entre 18 e 44 anos dizem que assistiram um VTuber nos últimos 12 meses. Eles apontam para onde as criações baseadas em IA estão caminhando.

Outro exemplo dessa tendência, que tomou proporções mundiais, foi o clipe Lost do Linkin Park que foi criado inteiramente com imagens de Inteligência Artificial. No Brasil, o vídeo do Manual do Mundo, dublado usando Aloud, IA de dublagem do Google, também embarcou nessa nova maneira de incrementar o conteúdo produzido.

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As várias facetas dos fãs

À medida que o ambiente digital evolui, os fãs estão cada vez mais multifacetados. Novos níveis de participação permitem que tanto fãs de ocasião quanto os mais fiéis se expressem na internet em diversas plataformas. Em um nível ainda mais elevado, alguns fãs podem criar conteúdos voltados para suas comunidades de interesse, enquanto os fãs profissionais usam sua expertise e criam para o público em geral. Aqui no Brasil, foi o Lucas Vinícius criou mash-up de 5 minutos com várias músicas da Billie Eilish e a Bella Dias Makeup criou Shorts com áudio do Whindersson.

As pessoas têm muita vontade de consumir esse tipo de informação: nos últimos 12 meses, 47% dos integrantes da Geração Z assistiram a vídeos feitos por fãs de conteúdos, artistas ou figuras públicas específicas; e 54% dos adultos entrevistados disseram que preferem assistir um criador detalhando um grande evento, como Oscar ou o Grammy, em vez do evento em si.

Aqui no Brasil, foi o Lucas Vinícius criou mash-up de 5 minutos com várias músicas da Billie Eilish e a Bella Dias Makeup criou Shorts com áudio do Whindersson.

Experiências em diversos formatos 

Os espectadores estão cada vez mais em busca de experiências personalizadas, e os formatos são adaptados para diferentes situações: conteúdo mais longo, curto, ao vivo ou

pré-gravado, em dispositivos móveis ou em smart TV.

O crescimento de formatos que vão além da longa-duração tem sido fundamental para criar diferentes camadas de fãs. Isso se refere sobretudo ao formato curto, mas também às transmissões ao vivo e aos podcasts. Sabendo disso, os criadores estão respondendo a essa busca e adotando diferentes narrativas que se encaixem em cada formato, alcançando públicos mais diversos e descobrindo mais oportunidades de sucesso. Como resultado, nos últimos 12 meses, 87% das pessoas já assistiram a pelo menos quatro formatos de conteúdo oferecidos pelo YouTube. Além disso, 68% dos adultos entrevistados disseram que assistem vídeos sobre um mesmo tema em diferentes formatos.

Esse novo comportamento de criadores e espectadores pode ser notado no conteúdo produzido para o ao vivoShorts e VOD por Casimiro Miguel, da Cazé TV.

Ferramentas de ocasião e de experiência

De remixes a clipping, passando por filtros e efeitos, existem mais ferramentas do que nunca – e todas permitem que criadores participem e coloquem suas perspectivas singulares a serviço de momentos que podem ser compartilhados em tempo real, além de oferecerem uma experiência personalizada ao público.

Ao mesmo tempo, diferentes espectadores podem decidir de que forma querem assistir ao conteúdo, graças a recursos como áudio em vários idiomas e a novas formas de usar as legendas automáticas (closed captions). Segundo a pesquisa, 54% dos adultos entrevistados concordam que seguem um criador que oferece conteúdo em um idioma diferente do seu. 

Com o lançamento da música Zona de Perigo, de Léo Santana, durante o Carnaval brasileiro foi possível identificar diversos conteúdos diferentes, desde uma gringa reagindo ao novo som do cantor, até imagens de gatinhos com a música ao fundo como exemplo dessa tendência.

Para entregar tudo isso é preciso ter ferramentas. No YouTube, as opções de edição permitem aos espectadores criar clipes dos melhores momentos de vídeos mais longos e facilitam o mix de conteúdo, já os criadores de podcasts e transmissões ao vivo podem editar seus conteúdos para publicar os principais destaques. Mais de 14 milhões de vídeos foram criados todos os meses, em 2023, usando o recurso de clipes do YouTube. 

A edição pode transformar um único vídeo em um fenômeno maior, como foi o caso de um vídeo em que as estrelas de “House of the Dragon” Emma D’Arcy e Olivia Cooke se entrevistaram, e uma menção ao drink negroni sbagliato foi transformado em um remix de Shorts pelos fãs da série. Segundo o levantamento do YouTube, 65% dos entrevistados da Geração Z disseram ter usado um filtro, recurso ou efeito em um app de vídeo nos últimos 12 meses.