Coluna: Virais da internet: aproveitadores ou ingênuos sacaneados?

Fenômenos da internet são normais, viralizam rapidamente e atingem sucesso repentino e agradam um público que não liga para as condições do viralizado, trata-o como piada apenas e isso não está errado, devido que ao navegante dos mares internéticos, não tem obrigação social.

A grande dúvida que paira em nossas cabeças é se eles são tão bobos, inocentes ou dignos de dó e isso os fazem engraçados, mas a outra questão é se essa ingenuidade pode ser uma maquiagem para enganar os dedos nervosos de likes. Claro que memes forçados goela abaixo como Inês Brasil, Gretchen entre outros, são produção para gerar views, os exemplos a seguir retratam melhor a abordagem do tema.

Claro que o pior de todos,em diversos sentidos é Caneta Azul, na qual a internet fez algo com falta de qualidade, se tornar importante. O mais novo sucesso é Ednaldo Pereira, paraibano que disse trabalhar na prefeitura e tenta uma carreira musical, já apareceu no Ídolos e em outros programas de televisão, há mais de 10 anos inclusive, mas a viralização veio a tona, apenas agora em meio a pandemia.

Ednaldo lançou um apoia-se, programa de incentivo financeiro, na qual cobra um valor especifico para dizer o nome da pessoa, mandar um recado, um vídeo e por aí vai, lançou também uma loja virtual com seus produtos, camisetas e acessórios. Será que é tão ingênuo assim?

Zé maguonho do Piauí, Gleyfy Brauly tiveram espaço no The Noite no SBT, viralizaram por sua forma cômica de cantar, claro que no fundo, a falta de habilidade no que fazem, torna engraçado muitas vezes, mas chega a ser cansativo. 

 

Após perder a graça, ir caindo em esquecimento, ressurgem com uma nova fase, às vezes forçando graça. Inhegas é um dos exemplos de exploração do deficiente para gerar entretenimento deu certo em views e plays.

 

O Pânico na TV fazia muito bem essa função de atrair personagens que muitas vezes eram nítidos, alguma necessidade especial, Zina, Charles Henriquepédia, As Gagas de Ilhéus e a lista é extensa, em produções na rua, o público conhecido como “povão” era o foco maior, a audiência é maior quando se banaliza algo.  Outros exemplos podem ser encontrados no podcast do NEXP sobre os personagens brasileiros que defenderiam a pátria, o programa de humor, traz personagens que viralizaram, mas nenhum deles até hoje tentou vender seus produtos ou usar de sua inocência para chegar a novos rumos. 

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Bobos ou não, a internet é uma grande piada e rir é o melhor remédio, mas devemos tomar os cuidados para que os “baits” não enganem e tirem seus likes atoa. 

Sobre Klaus Simões 440 artigos
Jornalista pela FIAM, Técnico em Comunicação Visual pela Etec de São Paulo, especialista em coberturas de eventos, esportivas e musicais, geek e alternativo. Responsável pelo NEXP Podcast.