Semana da Mulher: Janis Joplin: A ícone que sempre permanecerá viva

Janis se mudou para San Francisco e lá começou a sua libertação (Foto: Dreamstime))
Janis se mudou para San Francisco e lá começou a sua libertação (Foto: Dreamstime))

Janis Lyn Joplin, nascida em 1943 na pequena cidade de Port Arthur, no Texas, mal sabia a marca que deixaria na história. A jovem cantora do coral da Igreja ingressou na Universidade do Texas procurando se formar em artes visuais, mas nunca chegou a concluir o curso. Janis não precisava de uma formação acadêmica, pois possuía em si um talento inato. 

A cantora que marcou gerações e revolucionou o rock com a sua voz rouca e potente, sofreu muito em sua vida: desde pequena foi alvo de bullying e machismo escancarado, por causa do seu sobrepeso, acnes, suas roupas modestas e sua timidez. 

Somente com o uso do seu whisky preferido, Southern Comfort, a estrela venceu as suas barreiras pessoais e tornou-se íntima dos palcos e dos holofotes. Aos poucos, foi viciando-se em novas substâncias, como a cannabis e a heroína. A mesma coisa que a levou a tomar coragem para encarar os palcos, também a retirou dali. 

A jovem texana cheia de sonhos revolucionou o mundo do rock Foto: David Gahr
A jovem texana cheia de sonhos revolucionou o mundo do rock Foto: David Gahr

Sempre cercada de homens, Janis Joplin ganhou o respeito de todos pelo seu talento único. Venceu as adversidades e críticas em seu caminho, até mesmo quando em sua faculdade algumas fraternidades colocaram seu nome em uma votação na categoria de “o homem mais feio” e a jovem recebeu 100% dos votos, vencendo a enquete maldosa. 

Isso assombrou Janis em todos os âmbitos de sua vida e com certeza intensificou o seu abuso de substâncias, mas a sua ânsia de viver, cantar e criar nunca foi minimizada. No dia 4 de outubro de 1970, a “astra” do rock faleceu devido a uma overdose de álcool e heroína, tornando-se, assim, a membra fundadora do infame “Clube dos 27”. 

Dois anos antes de sua morte, no auge de sua carreira em 1968, a texana se libertou dos restos das suas inseguranças e se assumiu bissexual para o mundo. Seus amigos relatam que seus hobbies eram transar, cantar e tomar o seu whisky Southern Comfort. 

Apesar da morte solitária, Janis sempre permanecerá viva em quem se sente tocado pelas suas músicas e sua aura. Reconhecível pelos seus cabelos esvoaçantes e seus óculos redondos rosados, o ícone feminino quebrou barreiras e abriu portas para as mulheres do mundo todo enfrentarem seus medos e inseguranças e seguirem os seus sonhos.