Filme mostra os “vícios e virtudes” do líder do Charlie Brown Jr., falecido em 2013
Anunciado em 2019, o documentário “Chorão: Marginal Alado” chegou aos cinemas e a algumas plataformas de vídeo na última quinta-feira (8), véspera da data em que o cantor faria 51 anos.
Dirigido por Felipe Novaes, o filme traz diversas imagens de bastidores, ensaios e conversas com pessoas que fizeram parte da vida de Chorão e do Charlie Brown Jr. Destaque para depoimentos dos ex-integrantes da banda, Marcão, Thiago Castanho, Bruno Graveto e Champingon (1978-2013), em sua última entrevista.
Nascido na capital paulista em 9 de abril de 1970, Alexandre Magno Abrão ganhou o apelido de Chorão quando começou a andar de skate na década de 1980, já morando em Santos, litoral de São Paulo. Em pouco mais de uma hora, “Marginal Alado” mostra a personalidade do cantor, que apesar de briguento, tinha um coração generoso e ajudava todos a sua volta. O talento musical também é mencionado por Zeca Baleiro, Júnior Camargo (89 FM) e pelo produtor Rick Bonadio, que ressalta a exigência, a originalidade e a capacidade de composição que o cantor tinha.
O documentário não se restringe às qualidades e também fala sobre as polêmicas em que Chorão se envolveu – “dignas de um rock star” segundo Bonadio -, como a briga com Marcelo Camelo, vocalista e guitarrista dos Los Hermanos em um aeroporto no ano de 2004 e o triste episódio onde Champignon foi humilhado em público durante um show em setembro de 2012.
Ele também teve problemas com João Gordo, que relata de forma divertida como se entenderam e se tornaram grandes amigos. A ex-esposa Graziela Gonçalves diz que por trás da forte personalidade, existia uma pessoa sensível e que a postura “agressiva” era uma forma de defesa. O relacionamento do casal e o fim da formação clássica em 2005 são pouco exploradas durante o filme. Já o problema de dependência química é tratada de forma sincera e dolorosa por parte das pessoas que conviveram com o cantor em seus últimos dias.
Participaram do documentário familiares de Chorão, como o irmão Fábio e o filho Alexandre, o advogado Mauricio Cury, o motorista Kleber Atalla e personalidades como Serginho Groisman, Digão (Raimundos), Paulo Vilhena, Marcelo Nova, o cantor Otto e o skatista Sandro Dias.
Apesar de encerrar de forma melancólica, mostrando a forma mais humana e frágil do cantor, “Chorão: Marginal Alado” é um registro que engrandece ainda mais sua obra. Passados oito anos de sua morte, as composições de Chorão permanecem relevantes e mais fortes com o passar do tempo, mostrando que ele foi a última grande estrela do rock brasileiro.
Produzido pela Bravura Cinematográfica em parceria com a MTV, o documentário, que teve uma campanha de financiamento coletivo, é distribuído pela O2 Filmes e pode ser visto nas plataformas Now, Vivo Play, Apple TV, Looke, Google Play e YouTube. O filme também está em cartaz em algumas salas de cinema espalhadas pelo país e a trilha sonora está disponível nos principais aplicativos de áudio.
Veja o trailer.
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