LINHA DO TEMPO
Nerd: Um substantivo masculino e feminino que define uma pessoa com muita inteligência e destaque intelectual. Essa é a definição formal da palavra no século XXI e sua origem nunca foi comprovada, a revista norte-americana Newsweek de 1951 produziu um artigo comentando que os garotos de Detroit usavam a palavra para ofender uma pessoa desagradável, que gostava de mostrar ser mais sábia que outras. Já em um outro caso, um livro infantil “Se eu dirigisse um zoológico” (If I Ran Zoo) de 1950, produzido por Theo Seuss Geisel, um de seus personagens chamado NERD, é esquisito demais.
E nos anos 60 e 70 a palavra Nerd ainda continuava sendo utilizada de maneira pejorativa, um padrão físico e estético foi designado para figuras com essa denominação. O “Nerd” em questão utilizava óculos, cabelo arrumado, calças com cintura alta e bem magros ou que não se interessavam por esportes, já com as meninas, utilizar roupas sem ser da moda e a utilização de óculos também eram padrões impostos por populares. E estamos falando disso a nível mundial.
Os anos 80 são considerados por quem viveu sua adolescência nesta época, os melhores anos de todos, a era de ouro do mundo. Um tempo de descobrimento para os jovens e os nerds, simplesmente eram os que dominavam os games, os arcades, pinballs e tudo que envolvia jogar, desde os jogos de tabuleiro, até as novas tecnologias que chegavam à suas mãos. Ser nerd nos anos 80 era um máximo, séries de televisão e programas infantis, adolescentes e até adultos, eram em massa, consumidos. Um retrocesso nos anos 90 e 2000, voltavam o codinome aos estudiosos, esquisitos, feios, excluídos ou com conhecimento grande sobre algo, neste caso, quem era fã de Star Wars, era considerado estranho aos olhos populares.
A partir de 2000 na Europa, a palavra GEK era utilizada para denominar alguém bobo ou louco, mas não psiquiatricamente, mas sim louco por algo! As palavras ganhavam um novo sentido, uma nova geração em desenvolvimento, hoje em dia você deve reconhecer algumas palavras como: “Tô um nojo” “segura essa” “top” palavras que em seus novos sentidos não condizem com seu significado. E esse termo Geek foi aprimorado para se diferenciar dos Nerds, algo até então ruim. O Geek era legal, esportista que jogava videogame, namorava e gostava de cultura pop, um cara descolado. E até dias atuais, ser geek é interessante para se auto nominar.
Guia do Mochileiro da Galáxia e o dia da Toalha
O criador Douglas Adams morreu em 11 de maio de 2001 e não viu sua obra virar uma produção cinematográfica e todo o sucesso que faria com um público muitas vezes colocado de lado e que se tornou uma comunidade universal. No dia 25 de Maio de 1977 estreou Star Wars e sendo o mês que Adams morreu e em 2006, nerds espanhóis criaram um movimento na internet em homenagem aos dois assuntos. O termo Dia do Orgulho Nerd é recente, a partir de 2010, desde sua origem em 2006, foi considerado o Dia da Toalha, Adams em um de seus livros disse que uma toalha é um objeto como um elemento fundamental de qualquer mochileiro espacial, podendo ser usado de diferentes formas em vários locais do espaço.
Uma homenagem utilizando o Guia e além disso o número oficial de qualquer Nerd/Geek é 42, uma teoria de Adams em que cientistas já comprovaram, mas isso é uma conversa para um outro dia.
EVOLUÇÃO DO GEEK
Vamos atribuir a alguém ser geek, graças a Douglas Adams, criador de O Guia do Mochileiro das Galáxias, uma série de livros que explicam a vida, criam teorias e que virou filme em 2005. Humor e ficção científica unificados, Douglas Adams não inventou o termo Nerd/Geek mas é considerado o Pai de todos os consumidores de cultura pop e um marco na literatura científica.
A série The Big Bang Theory criou um estereótipo para o Nerd e por muitas vezes, as pessoas não gostariam de se parecer com os personagens da série, em personalidade e imagem/semelhança. Então os Geeks utilizam camisetas de bandas que fazem parte de suas trilhas sonoras favoritas, uma camiseta de um super-herói ou série/filme popular, ou nem tanto, esses são os mais descolados.
O geek de 2018 em diante não tem mais padrão, visto pela sociedade como uma pessoa diferente mas sem padrões, que é capaz de entender muita coisa e mesmo assim consumir produtos fora do grande público. Algumas pessoas ainda enxergam muitos como infantis e acreditam que usar uma camisa de série, filme, banda ou humor é sinônimo de ser criança. Eventos como BGS, CCXP, Anime e Ressaca Friends, Feiras de Livros e qualquer coisa que envolva a cultura pop, são os setores de maior venda e consumo do país. Os games são o mercado que mais rende frutos de impostos e os gamers aumentaram com a expansão daqueles Nerds de 90 que hoje são os donos das startups.
Não há como definir, colocar ambos em competição, afirmar que são as mesmas coisas, mas Geeks e Nerds caminham de mãos dadas, o importante é desfazer a casca criada sobre quem é ou não. O que interessa é que você pode utilizar uma camisa de Doctor Who e a do Superman, do Dinossauro sem internet e de Stranger Things, o que interessa é comemorar e mostrar uma paixão ao mundo. O orgulho de ser diferente, mas se quiser um raio X, a imagem abaixo diz muito.
