O ano de 1991 foi revolucionário para a história da música, contendo grandes acontecimentos e álbuns fundamentais de artistas consagrados e novos nomes que se tornaram mundialmente conhecidos.
Pensando na importância da produção daquele ano, o NEXP fará uma sequência de seis textos que irão listar 30 álbuns que estão completando três décadas este ano. Confira os cinco primeiros nomes desta série.
Queen – “Innuendo”
O décimo quarto álbum do Queen foi lançado em fevereiro de 1991 e é a despedida de Freddie Mercury, àquela altura com a saúde frágil em decorrência do vírus da AIDS, doença que lutava desde 1987.
Gravado entre 1989 e 1990, o disco possui uma aura triste, porém muito inspirado com grandes canções como “Headlong”, “I’m Going Slightly Mad”, “The Hitman”, “All God’s People”, “Innuendo” (faixa-título com a participação de Steve Howe, guitarrista do Yes) e “The Show Must Go On”, considerada um dos hinos do grupo.
Destaque também para “These Are The Days Of Our Lives”, composição do baterista Roger Taylor. O videoclipe da música é a última aparição de Mercury, que faleceu nove meses após o lançamento do disco.
Temple of the Dog – “Temple of the Dog”
O principal supergrupo do Grunge teve também seu álbum lançado em 1991. O Temple Of The Dog foi um projeto criado por Chris Cornell em homenagem a Andrew Wood, vocalista do Mother Love Bone falecido um ano antes. Formado por músicos do Soundgarden e Pearl Jam, o disco conta com hits como “Say Hello 2 Heaven” e “Hunger Strike”, mas só obteve reconhecimento por parte do público após estouro comercial do Pearl Jam, ainda naquele ano.
O álbum recebeu disco de platina nos Estados Unidos e no Canadá, além de estar na lista dos 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos da revista Rolling Stone.
Pearl Jam – “Ten”
Um dos álbuns mais importantes da história do rock não obteve sucesso imediato. “Ten”, álbum de estreia do Pearl Jam, foi lançado em agosto de 1991, mas atingiu o 2º lugar na parada Billboard 200 no final de 1992, após emplacar músicas como “Even Flow”, “Jeremy”, “Alive”, além de “Black”, que não foi um single, mas que se tornou um dos maiores hits da banda com o passar do tempo.
Bem recebido pela crítica, o disco foi importantíssimo para a popularização do rock alternativo no mainstream, trazendo em suas letras temas recorrentes dentro do movimento Grunge, como suicídio, solidão, depressão e morte.
“Ten” vendeu mais de 20 milhões de cópias e até hoje é o trabalho mais bem sucedido da banda liderada por Eddie Vedder.
Massive Attack – “Blue Lines”
Considerado marco zero do trip hop – movimento musical com origem em Bristol, Inglaterra –, “Blue Lines”, debut do Massive Attack, é um dos álbuns mais inspirados e sofisticados do período, trazendo elementos de soul, dub e hip hop americano sob a abordagem da música alternativa inglesa.
Músicas como a faixa-título, “Safe from Harm”, “Unfinished Sympathy”, “Daydreaming” e “Be Thankful for What You’ve Got” trazem algumas dessas influências, tornando o trabalho um dos mais inventivos e inovadores da década de 1990.
O álbum está presente no livro “1001 Álbuns que você deve ouvir antes de morrer”, de Robert Dimery.
Ozzy Osbourne – “No More Tears”
O Príncipe das Trevas entra nos anos 90 com um dos seus álbuns mais bem sucedidos. Considerado por muitos como seu melhor trabalho, “No More Tears” foi lançado em 17 de setembro de 1991 e teve colaboração do guitarrista Zakk Wylde e de Lemmy Kilmister, líder do Motörhead, coautor de quatro músicas.
O álbum traz hits como “Mama, I’m Coming Home”, “Time After Time”, “I Don’t Want to Change the World” e a própria “No More Tears”, tornando o disco um dos mais bem sucedidos de Ozzy na América do Norte.
Na próxima semana voltamos com mais um texto, contendo outros cinco trabalhos lançados em 1991.
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