O novo suspense sobrenatural da Netflix, “Vozes e Vultos”, estreou no serviço de streaming recentemente. Com as atuações excelentes de Amanda Seyfried e James Norton, o longa surpreende quem assiste.
De início, a trama se desenvolve de forma muito semelhante aos clássicos do terror: um jovem casal, nos anos 80, decide se mudar de Nova York para uma bela casa no campo após o marido ser chamado para ser professor de arte em uma universidade local.
Enquanto seu marido está ausente, a esposa Catherine e a filha Franny passam a presenciar vultos e estranhos acontecimentos na casa, ao mesmo tempo que o pai começa a agir de forma fria e suspeita.
O telespectador calejado pensa, automaticamente, em “Terror em Amityville” e “Invocação do Mal”, dois sucessos que exploram uma casa mal-assombrada. E, por isso, o filme passa a ser visto de uma forma previsível. O marido que não acredita quando a esposa relata os sinistros acontecimentos, a filha assustada, a ajuda de um terceiro personagem para saber lidar com o sobrenatural.
Contudo, a narrativa sofre um desvio do “tradicional” e passa a integrar novos elementos no filme. Fica evidente que os fantasmas do local sofreram as mesmas situações que a protagonista passa a enfrentar. Esse paralelo nos antecipa um dos acontecimentos mais chocantes do longa.
Outro ponto interessante é o uso da arte no longa, que está envolta tanto no marido, que é professor de Artes, quanto na esposa, que é artista. As pinturas que refletem o purgatório, a passagem da vida e o inferno se entrelaçam com o enredo, que toma um ar mais dramático no final.
Os efeitos especiais mais atrapalham do que ajudam. Feitos de forma amadora, chega a provocar vergonha alheia em quem assiste e transforma certas partes do filme em cenas pitorescas e afetam a qualidade da película.
No entanto, a atuação primorosa do casal protagonista, as reviravoltas do fim e a trama diferente fazem esse filme valer a pena ser assistido.
“Vozes e Vultos” já está disponível na Netflix.