Resenha de Venom: A Última Rodada

Venom a última rodada

Venom: A Última Rodada – O Desfecho da Fuga de Eddie Brock e Seu Simbionte

Em Venom: A Última Rodada, o terceiro capítulo da franquia, a já caótica jornada de Eddie Brock (Tom Hardy) e seu simbionte alienígena, Venom, chega ao auge da tensão e do perigo. Em uma intensa fuga, eles agora enfrentam forças de seu planeta natal e da Terra, num cerco que se aperta de todos os lados. Com a chegada de novos alienígenas de Klintar – o planeta dos simbiontes – determinados a capturar Venom, a dupla está à beira de uma decisão que poderá significar o fim de sua aliança. Dirigido por Kelly Marcel e contando com as atuações de Juno Temple e Chiwetel Ejiofor, o filme promete uma conclusão emocionante e cheia de ação para a saga de Venom.

Análise de Venom: A Última Rodada

Eu, Louis Aleixo, como fã de Venom nos quadrinhos, resolvi dar uma chance a este novo filme para ver o que ele tem a oferecer. Desde o início, o longa introduz uma ameaça interessante: Knull, o deus do vazio, que foi aprisionado no planeta Klyntar pelos próprios simbiontes. Determinado a se libertar, Knull envia alienígenas para caçar Venom, que, aparentemente, possui a chave para sua liberdade.

Após essa premissa, o filme se desenrola amarrando algumas pontas soltas e revelando que Venom deixou fragmentos de si em dois universos diferentes. Quando ele retorna ao seu mundo, a ação começa com uma sequência empolgante e típica de início de filme. Eddie e Venom decidem então ir para Nova York, onde a trama se transforma em um verdadeiro filme de perseguição. Alienígenas xenomorfos e militares se juntam na caçada, buscando capturar Venom, já que todos os outros simbiontes foram neutralizados. O longa se desenrola, portanto, em uma sequência de “pega-pega” que se estende até o final.

O roteiro lembra, em muitos momentos, as cutscenes de um jogo de videogame, especialmente de Spider-Man, onde a narrativa parece segmentada por fases: uma situação é resolvida, seguida pela chegada de cientistas e mais uma cena de ação. Como um respiro, o filme ainda insere uma família hippie com quem Eddie faz amizade, mas esses personagens não acrescentam muito à história. Esse núcleo parece estar ali apenas para humanizar Eddie, algo que poderia ter sido feito de forma mais direta, com ele revelando suas memórias para Venom.

Se o foco tivesse sido uma perseguição simples entre Eddie e Venom, o filme teria cumprido a proposta inicial. No entanto, a trama se perde entre momentos que não se levam a sério (o que funciona) e outros que tentam ser mais profundos (o que resulta em exagero e melodrama). A introdução de personagens que pouco acrescentam apenas torna o filme cansativo, sem permitir que o espectador crie laços com os coadjuvantes.

As cenas de ação têm seus momentos divertidos, mas são breves e não incluem batalhas épicas capazes de realmente envolver o público. No final, há uma tentativa de emocionar o espectador, mas que acaba sendo um pouco brega, arrancando risadas mais do que suspiros.

Minha recomendação? Deixe para assistir quando estiver disponível no streaming. O filme promete entretenimento, mas fica aquém das expectativas, e talvez funcione melhor sem o compromisso de uma ida ao cinema. Boa diversão (mas sem grandes expectativas)!

Direção: Kelly Marcel | Roteiro Kelly Marcel

Sobre Venom: Origem e Conexão com o Homem-Aranha

Venom nasceu nos quadrinhos The Amazing Spider-Man durante a década de 1980. Originalmente, ele era um alienígena parasita, conhecido como simbionte, que se liga ao Homem-Aranha após ser encontrado em um planeta alienígena. Essa relação com Peter Parker desperta uma série de habilidades, como maior força e o disparo de teias, mas o simbionte também começa a amplificar a raiva e a agressividade do herói, levando Parker a abandoná-lo.

É nesse contexto que o simbionte encontra Eddie Brock, um jornalista desiludido com um histórico complicado, especialmente em sua relação com o Homem-Aranha. A união entre os dois surge de uma empatia mútua, em que ambos desejam vingança e enfrentam a exclusão social. Com Brock, o simbionte desenvolve seu aspecto mais violento, com uma moral distorcida de justiça, onde devorar inimigos e manter-se na sombra é parte de sua essência.

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