A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME), lançou oficialemnte a primeira edição da E-Virada Esportiva. O evento, realizado em parceria com a Associação Paulistana de Esportes, Recreação e Lazer (APREL) e a Arena BBL (Bad Boy Lerroy), empresa situada na região central da cidade e especializada em games e e-Sports, terá duração de um mês, com a grande final no dia 5 de dezembro.
“Esta é a primeira virada E-game que acontece na América Latina. O Brasil é um país tão importante para o e-gamer, o terceiro do mundo, e que tem o maior número de participantes em São Paulo, a cidade da tecnologia”, enfatizou o prefeito Ricardo Nunes.
Para quem se cadastrou, serão divididos em três categorias, de acordo com a classificação indicativa dos jogos: livre para todos, adolescentes (a partir de 13 anos) e adultos (a partir de 18 anos).
Novas iniciativas
O prefeito também ressaltou a importância do trabalho da Secretaria da Municipal de Esportes com Aprel e Arena BBL, e afirmou que a Prefeitura está aberta a sugestões para promover iniciativas nesta área. “Queremos melhorar a questão do e-gamer na cidade. Aceitamos sugestões da população. Desejo muito sucesso a todos. Porém, a questão mais importante é participar, independente de ganhar ou não. Em 5 de dezembro vamos conhecer o campeão”, finalizou
Formato híbrido
O evento terá formato híbrido, sendo virtual em sua fase classificatória e presencial para os finalistas, sem a presença de público. O evento terá a participação de convidados especiais, que são referência nos jogos eletrônicos. O público poderá participar via streaming nas partidas de FIFA 22, que serão transmitidas pelos canais da BBL, Twitch twitch.tv/bblesports. O projeto da E-Virada Esportiva também contará com palestras sobre a carreira no e-Sports, com destaque especial para a participação de mulheres nos jogos eletrônicos.
O encerramento terá finais em três modalidades de e-Sports distintas: FreeFire, Counter-Strike e FIFA, numa transmissão que terá duração de 12 horas.
Mercado brasileiro
O Brasil é atualmente o terceiro país em número de gamers, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. O mercado brasileiro deverá encerrar este ano com movimentação em torno de R$ 12 bilhões em todos os seus formatos e modalidades segundo a Newzoo, empresa especializada em análise sobre games. O mercado fatura US$ 300 bilhões ao ano em todo o mundo.
Carolina Salgueiro, de 27 anos, conhecida como Carolzinha SG, começou nos jogos eletrônicos em 2012. No início, era apenas diversão. A partir de 2017 percebeu que o lazer se transformaria em profissão quando começou a ganhar prêmios em dinheiro. “Para nós, o apoio público é muito importante, pois já passamos daquela fase do estigma de que os jogos eram somente uma brincadeira que iria afastar os jovens do estudo e do trabalho. Estou muito feliz pela oportunidade de mostrar que o mundo gamer também é uma profissão”, disse.
Juliano Magalhães, 30, começou a narrar jogos por brincadeira, depois do trabalho. “Depois de 2017 percebi um grande número de pessoas acompanhando as minhas lives e também o interesse de empresas. A partir daí comecei a levar a sério que minha brincadeira poderia ser uma profissão. É muito importante esse apoio, pois teremos condições de expandir ainda mais um mercado que já gigantesco”.
O secretário municipal de Esportes e Lazer, Thiago Milhim, disse que o objetivo é fazer com que a E-Virada Esportiva faça parte do calendário de eventos de São Paulo. “Temos que ter a sensibilidade para acompanharmos o que acontece na sociedade. Os jogos eletrônicos são uma realidade pelo tamanho do mercado e o grande número de pessoas apaixonadas pelo esporte. É muito importante que a cidade de São Paulo, por meio d Prefeitura, faça parte dessa inovação, de todo esse mundo em transformação”, disse Milhim.