A oitava edição do MasterChef Brasil estreou na noite desta terça-feira (06), na Band. Depois de uma temporada desastrosa, com pouca audiência e formato duvidoso, o programa investiu no marketing dessa nova edição, procurando trazer de volta os telespectadores.
Foi anunciado que metade dos participantes seriam pessoas anônimas e a outra metade seriam celebridades e artistas. Mas não foi bem o que aconteceu. Entre os 23 participantes pré-selecionados, cinco são veteranos, ou seja, já participaram de outras edições.
No entanto, as celebridades e artistas que foram prometidas não estavam lá. O sambista Diogo Nogueira participou, de fato, do episódio, mas a sua presença ali não teve muito sentido, já que ele apenas cozinhou um prato (sem concorrer com os outros) e logo depois foi embora.
A cozinha foi reformulada e agora recebe detalhes em dourado, mas as tradicionais bancadas de madeira permaneceram ali, ao lado do mezanino. Uma novidade é que os cozinheiros amadores que se garantirem para a próxima fase podem escolher um dos três piores no desafio para salvarem, e a decisão pode mexer muito no jogo.
Outra novidade é a presença de Helena Rizzo, que entrou no corpo de jurados substituindo Paola Carosella. A argentina afirmou que precisava estar mais presente em seu restaurante, o Arturito, e por isso deixou o programa.
Helena Rizzo é uma chef de grande renome, a única com uma estrela Michellin no Brasil. Além disso, foi eleita a melhor do mundo em 2014 pela revista “Restaurant”.
Rizzo tem um árduo trabalho pela frente, afinal, entrar no lugar de uma das chefs mais amadas pelo público, não é tarefa fácil. Paola tinha timing e críticas certeiras e sempre que podia, apontava o machismo nos participantes.
Se Helena atingirá o patamar de Carosella, apenas o tempo dirá. Nesse primeiro episódio, o que vimos foi uma chef sorridente e retraída, quase com medo de dar sua opinião sobre os diversos pratos apresentados.
Contudo, vale ressaltar que a disparidade entre Helena Rizzo e os outros dois jurados, Henrique Fogaça e Erick Jacquin, é enorme. Premiada e reconhecida mundialmente, a porto-alegrense faz os seus companheiros de júri parecerem pequenos.
Entretanto, colocá-la como semelhante não os eleva, mas sim a rebaixa. A decisão de integrar Helena Rizzo nos jurados nos demonstra claramente que, mesmo sendo uma profissional totalmente fora da curva, o máximo que ser mulher te leva é dividir a bancada com dois profissionais que são, no mínimo, questionáveis.