Foi lançado na primeira sexta-feira de Novembro (05), a compilação dos álbuns “Kid A” e “Amnesiac”, tendo o nome de “KID A MNESIA”, da banda Radiohead. Junto com a compilação, foi lançado também demos e músicas que não saíram na versão final dos álbuns, como o ótimo single “If You Say the Word” e “Follow Me Around”. Mais do que evidenciar faixas perdidas que não saíram no corte final, vejo que a compilação é mais uma “celebração” dos 20 anos dos dois álbuns, que mudariam para sempre o futuro da banda e como estilos tão diferentes combinaram tanto com uma banda que estava dominando o cenário da música alternativa.
Lembrando que apesar de “Kid A” ter lançado em 2000 e “Amnesiac” em 2001, todas as músicas dos dois álbuns foram gravadas nas mesmas sessões, por isso a familiarização da sonoridade dos dois.
Se pegarmos “Kid A”, apesar de ser um dos álbuns com menos reproduções da banda nas plataformas de streaming, o seu processo de criação dá a entender que essa foi a intenção da banda. Após o sucesso de “OK Computer”, a banda dominava as paradas musicais da Inglaterra e do dia para a noite, eram a banda que representavam o rock alternativo na época. Thom Yorke, vocalista da banda, já não aguentava mais as turnês diárias e obsessão dos fãs pelo sucesso estrondoso que a banda fazia no final dos anos 90, e por todos esses motivos, a banda resolveu mudar totalmente de rota e fazer “Kid A”, que fugia totalmente do que a banda havia apresentado sonoramente, tendo faixas ambiente, experimental e eletrônicas. Tanto que o violão era quase uma marca registrada da banda até então e no álbum há apenas uma música com a presença do instrumento, a “How To Disappear Completely”.
Apesar da gigantesca quebra de expectativa que os fãs tiveram, a banda parecia confiante com o som apresentado na época, tanto que todos os seus álbuns lançados depois, tiveram influencias de música ambiente e eletrônica.
21 anos depois, não apenas para os fãs mas para apreciadores da música e críticos em geral, “Kid A” é tido como um dos maiores álbuns do século XXI até agora, sendo um dos álbuns mais “estranhos” a ser lançado por uma banda mainstream mas que alguns anos depois, seria essencial para a banda e para a música experimental.
