Um livro pode mudar o rumo das Grandes Navegações? O bestseller “O Código da Vinci”, lançado há duas décadas por Dan Brown, utilizou as pinturas de Leonardo da Vinci como uma das peças-chave para os mistérios do enredo. Parte disso acontece de forma similar na obra “O Segredo do Rei”, de Douglas Portelinha, que se inspirou no autor estadunidense durante o processo de escrita.
Douglas Portelinha no NEXP Podcast
O autor esteve no NEXP Podcast para compartilhar detalhes de sua carreira e falar sobre seu trabalho mais recente.
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“As pessoas sempre colocam que gostam dessa aventura com história, mesmo as pessoas que não gostam de história, acabam gostando, porque de forma alguma eu quero ser didático, é um livro de aventura, não pra estudar.”
Do Paraná à Bahia, o engenheiro civil Douglas Portelinha morou em diferentes estados brasileiros. Por conta da profissão, também viveu em outros seis países: República Dominicana, Nicarágua, Honduras, Panamá, Angola e Argentina. A experiência com tantas viagens serviram de inspiração para o enredo de O Segredo do Rei.
A trama internacional é ambientada nas Grandes Navegações. No meio do processo de exploração do Oceano Atlântico e Pacifico, datado entre os séculos XV e XVI, uma peripécia envolve a chefe de uma agência de espiões, um cavaleiro templário e um rei ambicioso. Todos lutam pelo controle de dois livros importantes: “Mundus Novus”, com propagandas do Novo Mundo, e “Summa Oriental”, que contém registros de portos e regiões com especiarias.
Fatos históricos estão presentes durante a narrativa. Há, por exemplo, a introdução sobre o “Robô de Leonardo”, criado por Leonardo da Vinci. Em 1495, o pintor, arquiteto e engenheiro apresentou ao tribunal de Milão uma máquina robótica operada por roldanas e cabos. O objeto era funcional e podia replicar alguns movimentos.
Todos se inclinaram para a frente. Yohanna e Martina deram um passo ao mesmo tempo, encostando ombro a ombro para observar o peito de leão se abrir e aparecer a flor-de-lis dourada com o fundo azul. Um leve barulho de admiração no ar. O rei sorriu e disse: – Ciência! Algumas mentes são capazes de fazer coisas incríveis. Uma mente brilhante fez este autômato. Mas acumular conhecimento leva tempo e dedicação. (O Segredo do Rei, pg. 471)
A trajetória de Fernão de Magalhães, navegador português conhecido por ter realizado a primeira viagem marítima ao redor do mundo, também aparece no romance. Um ano após entrar no navio, ele morreu em Mactan, nas Filipinas, depois de se envolver em um combate com os moradores da ilha e ser preso em uma emboscada.
Mas uma personagem-chave do enredo é a filha de Américo Vespúcio, explorador responsável por escrever sobre o então “Novo Mundo” para os reinos da Espanha e de Portugal. Na narrativa, a sucessora do navegador comanda uma agência de espiões que tem por objetivo proteger os livros “Mundus Novus” e “Summa Oriental” dos inimigos.
Medalha de prata na categoria “Ficção em Português” na 24ª edição do International Latino Book Awards com “Draco Cola – a cauda do dragão”, sua obra de estreia, Douglas Portelinha surpreende novamente. Com arcos narrativos e batalhas mortais, O Segredo do Rei oferece entretenimento da melhor qualidade para quem busca uma leitura inteligente e boa dose de aventura depois de um dia de trabalho.
FICHA TÉCNICA
Título: O Segredo do Rei
Autor: Douglas Portelinha
Editora: Grupo Editorial Atlântico
ISBN/ASIN: 978-989-37-3992-1
Páginas: 490
Preço: R$ 20 (e-book)
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