A Disney lançou seu mais novo live action no dia 27 de maio. Em meio a olhares suspeitos do público, que ainda está digerindo algumas adaptações que não agradaram muito, “Cruella” mostra que o estúdio centenário ainda tem salvação.
O filme traz a história da vilã do longa animado “101 Dálmatas”. Ambientado em Londres nos anos 70, a veia revolucionária da época é captada muito bem pela Cruella, que, na verdade, se chama Estella. Órfã desde os 10 anos de idade, a futura estilista sobrevive os dias ao lado de dois jovens em situação de rua, abatendo carteiras e praticando furtos pela cidade.
Apesar de ser uma pequena meliante, Estella se esforça para se tornar uma boa pessoa, trabalhadora, sempre tendo a sua falecida mãe em mente. Entretanto, o seu alter-ego Cruella, que nos é apresentado no começo do filme, volta dar as caras. Selvagem, inconsequente, narcisista e, é claro, extremamente glamourosa, Cruella ficou adormecida por dez anos, para emergir no momento certo.
Na animação original, o intuito da vilã é roubar os dálmatas para fazer casacos com as peles. A sombria motivação é explicada no longa, mas não é justificada. O telespectador entende e abraça a psicopatia de Cruella, que é interpretada brilhantemente por Emma Stone.
Não tem como falar de uma das vilãs mais icônicas da Disney sem falar de seu senso de moda. Cada vestido, terninho, jaqueta e conceito é construído minuciosamente, arrancando suspiros e inspirando quem assiste. Os looks entregam tudo que prometem e é impossível não se lembrar de figuras como Vivienne Westwood, que revolucionaram o mundo fashion na década de 70.
A trilha sonora da película é outro ponto a ser levantado. As músicas casam perfeitamente com as cenas, por exemplo, quando Estella está correndo atrás de seu sonho, ao fundo escuta-se “Hush”, do Deep Purple. Às vezes, um pouco literal demais, mas não a ponto de incomodar o telespectador.
Cruella já está disponível no Disney+ pela bagatela de R$69,90.