O Green Day é uma das mais consolidadas bandas do punk rock e do rock alternativo de todo o mundo, os norte-americanos de East Bay, Califórnia, estão na estrada desde 1987. Apenas 3 integrantes e uma sonoridade impactante. E após vinte anos do premiado e maior álbum da banda, American Idiot de 2004, o Green Day lança um novo álbum, “Saviors”, repleto de críticas sociais e com temas atuais.
O Green Day é formado por: Billie Joe Armstrong (voz e guitarra), Mike Dirnt (baixo) e Tré Cool (bateria).
Saviors, Green Day
Saviors é o 14º álbum de estúdio do Green Day e foi lançado em 19 de janeiro de 2024 pela Reprise Records. O disco foi gravado em Londres, na Inglaterra, produzido por Rob Cavallo (Linkin Park, Goo Goo Dolls, Fleetwood Mac, Black Sabbath e muito mais). A banda causou certa polêmica ao revelar suas inspirações para o disco, como: Teorias da Conspiração, Política e Redes Sociais.
The American Dream Is Killing Me
A música The American Dream Is Killing Me é a primeira faixa do álbum, mas seria a última na concepção inicial do disco. Esta é a melhor música de todo o disco, tanto por lembrar o álbum American Idiot, quanto por envolver o ouvinte em sua letra e melodia. O clipe e o contexto da canção, “O sonho americano está me matando” trazendo como as redes sociais e a mídia podem ser de fato o grande mal da sociedade, contaminando mentes e influenciando de forma totalmente negativa.
Saviors, Green Day: Análise
Ao mesmo tempo em que nós pensamos que a sociedade está cada dia pior em seus hábitos e que teorias da conspiração são problemas atuais, o álbum trata um tema que é debatido em vão. É feito para pessoas mais velhas, da mesma idade dos integrantes ou poucas gerações à frente, nascidos entre 1980 e 1996, certa população que tenta pensar fora da caixinha e não tem muita esperança em jovens revolucionários. Musicalmente, o álbum entrega tudo que promete, é bom, com selo Green Day de produzir sucessos, mas a politicagem de “tiozão” e o mundo acabou, infelizmente é coisa de bandas antigas.
E ao mesmo tempo que conseguimos pensar que o álbum seria para “gente velha”, é importante ressaltar que uma banda com tantos anos de estrada, ainda está no mercado, possui tanto impacto e que consegue impulsionar o falido Punk Rock. Talvez seja isso que o rock precisa, bandas antigas que observem os cenários atuais e tentem, ainda que difícil seja, movimentar o mercado musical.
O álbum é bom! Fato. O melhor do disco são as guitarras, diferentemente dos últimos 3 álbuns da banda, Saviors é diferente em sonoridade e possui qualidade, técnica e foi montado para ser consumido em qualquer ocasião, um bom rock, não é chato e nem massivo, um bom trabalho que recoloca o Green Day no topo, aliás, a banda ficou no topo das paradas britânicas com Saviors.
Crítica
O álbum chamou atenção da crítica, que ultimamente tem sido bem criteriosa com rock, até mesmo auditores rockeiros tem sido “chatos” com novidades. O álbum ficou com uma boa pontuação e recebeu elogios, ficou acima da média nas principais críticas mundiais.
No Brasil, o ultrapassado jornalista, funcionário do quadro do banquinho do Raul Gil e pseudo crítico musical, Régis Tadeu disse o seguinte sobre Saviors: “Infelizmente o Green Day sucumbiu aos anseios comerciais do mercado, dos pedidos dos fãs debilóides. É uma pena que o trio tenha se afastado totalmente daquela vibe ‘garageira’, Rock and Roll”. Este comentário me fez analisar “saviors”, já que o youtuber caça likes e odiador de novidades não gostou. Todos sabem, se ele não gostou, o trabalho é bom.
Em suma maioria, os norte-americanos não apoiam causas sociais midiáticas e sim o que é bom para eles. O Green Day faz mais sucesso na Inglaterra do que nos Estados Unidos, o público inglês que lida com monarcas e leis que encarecem suas vidas, são bem mais reacionários que os americanos. O Green Day faz música para quem curte o estilo deles de música, não para fãs de outros gêneros.
Saviors cumpre a proposta para seu público alvo e consumidores de anos e anos de Green Day. Polemiza, causa discórdia, dúvida e põe temas em pauta, para quem está acostumado com o Green Day, é nitidamente um disco fechado para fãs, e para quem mais seria a música do que para seus ouvintes?
O Green Day enfim conseguiu fazer um bom trabalho, o melhor desde American Idiot. Saviors não é um dos melhores álbuns do mundo, nem está na lista dos 500+, mas é importante para a banda, para o rock e para a música, dado ao impacto que o grupo tem.
Capa de Saviors
A capa é simples, poderia ser melhor elaborada.
É importante começar o ano com bons lançamentos no rock and roll. A capa do álbum apresenta uma imagem editada de um cenário dos conflitos na Irlanda do Norte, onde um jovem é visto segurando uma pedra, diante de um carro em movimento, com uma pilha de lixo em chamas ao fundo. Contudo, notavelmente, o rosto do indivíduo foi modificado para transmitir uma expressão mais alegre.
Considerações sobre Saviors do Green Day
Melhor música: The American Dream Is Killing Me
Pior Música: Father to a Son
Destaque: Strange Days Are Here to Stay
Melhor instrumental: Look Ma, No Brains!
Classificação do álbum:
15 músicas e duração total: 46:02.
- The American Dream Is Killing Me 9️⃣
- Look Ma, No Brains! 7️⃣
- Bobby Sox 6️⃣
- One Eyed Bastard 6️⃣
- Dilemma 6️⃣
- 1981 7️⃣
- Goodnight Adeline 5️⃣
- Coma City 5️⃣
- Corvette Summer 7️⃣
- Suzie Chapstick 6️⃣
- Strange Days Are Here to Stay 7️⃣
- Living in the ’20s 8️⃣
- Father to a Son 4️⃣
- Saviors 6️⃣
- Fancy Sauce 5️⃣
Nota geral do álbum: 7
Método de análise
Todos os álbuns são escutados ao menos duas vezes e é feita uma análise de notas, indo de 1 a 10. Todas as faixas iniciam com nota 10 e podem manter a nota ou abaixar até beirar o zero.
Escala de notas utilizadas:
- 10 – Perfeito
- 9 – Excelente
- 8 – Muito Bom
- 7 – Bom
- 6 – Razoável
- 5 – Mediana mas ainda com alguma observação de qualidade
- 4 – Poderia ser melhor
- 3 – Fraco
- 2 – Ruim
- 1 – Muito Ruim
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E se caso você queira relembrar o que foi destaque no ano de 2023, o Sinfonexp, programa musical do NEXP Podcast, fez uma análise do que foi bom e ruim, melhor e pior álbum, em uma retrospectiva.