Crítica: Frozen II

Frozen, a animação que virou um fenômeno, ganha continuação após seis anos. Muita especulação circulou entre os fãs a respeito de como seria e com a sua confirmação a Disney aproveitou para fazer uma grande divulgação desta segunda parte, pois, afinal, finalmente irá ser descobertos as origens dos poderes da Elsa.

Após começar a ouvir uma voz misteriosa chamando-a, Elsa desperta os espíritos elementais acidentalmente e parte em uma aventura em busca da Floresta Encantada e de uma maneira de descobrir o que a voz quer lhe mostrar.

Comparado com o primeiro, Frozen II está rico em detalhes. Com cores vibrantes e bons efeitos, enchem os olhos de quem está assistindo. Em questão de animação, ele se torna um “prato cheio”.

Apesar da Elsa viver em harmonia com o povo de Arendelle e seus amigos, é perceptível que ela ainda sente-se deslocada no meio. Quando passa a ouvir a voz misteriosa, sente algo a instigando para longe, e talvez, quem sabe, uma chance de descobrir mais sobre os seus poderes. Já o arco da Ana aborda outras questões interessantes, como amadurecimento e sentir mais confiança em si mesma, saber fazer o que é certo, mesmo em momentos difíceis. O arco das duas são bem desenvolvidas e consegue se aprofundar.

Infelizmente, não é o que acontece com o restante dos personagens. Kristoff e Olaf tem seus conflitos, mas mostrado apenas brevemente (principalmente com Kristoff). Novos personagens são incluídos na história, como o povo que vive na floresta encantada, porém eles não têm presença ou um objetivo específico de estarem no filme. Por fim, uma das presenças mais aguardadas, os espíritos elementares, acaba tendo poucos momentos de tela, o que, particularmente, me deixou um tanto decepcionada, pois esperava muitos mais vindo deles.

As origens dos poderes de Elsa finalmente são explicados, neste em forma de canção, o que pode ficar um pouco confuso para alguns que assistem. O momento em que isso ocorre chega a ser “surreal” de lindo e emocionante, grandioso com a música e com as cores, mas depois abre espaço para mais algumas perguntas e dúvidas que não são esclarecidas.

Frozen II é um bom entretenimento, porém leva um roteiro confuso e com a sensação de faltar partes (de fato, pois cerca de 30 minutos foram cortados do filme). Fica agora nosso questionamento se teremos um novo filme futuramente para explorar melhor os personagens e novo universo que foram apresentados.