Hoje (20/02), temos o início da sexta rodada do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL), e depois de um mês de competição, como está o desempenho de cada time? Vamos falar um pouco sobre isso.
Flamengo: O melhor time do campeonato, sem discussão, está com 10 vitórias em 10 jogos, líder isolado. Com jogadores muito experientes como Ranger, Tutz, Absolut, RedBert – que era jogador titular da INTZ, campeã da última edição do CBLOL e ganhadora de vários prêmios no ano passado pelo ótimo desempenho, que mantém até hoje. E por último, jogando no Topo, Parang, jogador coreano que vem sendo, para muitas pessoas, o melhor jogador do campeonato.
É o time que menos erra no campeonato, que faz um controle de objetivos muito bem. Algumas vezes o jogo fica um pouco mais difícil para eles, mas sempre voltam para o comando com alguma jogada muito bem organizada.
Por tudo que estamos vendo, é um time muito forte, mas não podemos falar que é o time vencedor porque na pressão das semifinais e finais não existe time favorito.
RED Canids Kalunga: O segundo colocado do campeonato (que até o ano passado estava no Circuito Desafiante) e vem com um time muito jovem, mas que está junto desde o ano passado, somente com uma mudança na formação. Os jogadores estão se destacando muito por conta da idade e por serem novos no CBLOL, Guigo, Aegis, Avenger, TitaN, –que é a promessa de ser o melhor AD Carry do Brasil, em alguns anos– e por último, Jojo, que foi a única mudança para esse ano.
E, também, é um time muito constante, mas quando tivemos o jogo mais importante até agora, contra o Flamengo, com os dois times invictos, a RED escorregou e perdeu a invencibilidade. Outro jogo que eles perderam foi contra a Vorax, não alcançaram muitos objetivos dentro do jogo e tiveram lutas ruins, e no final do jogo a Vorax estava mais forte e conseguiu a vitória.
É um time que está cumprindo e até superando as expectativas. Muitos jogadores e ex-jogadores falaram que eles só iriam bem nos primeiros jogos, por conta do entrosamento, mas depois os times conseguiriam superar isso, porém não é o que estamos vendo.
Vorax: Essa equipe é a junção de dois times, a Prodigy Esports e a Falkol, que se uniram para melhor estruturar o projeto da franquia do CBLOL. E com isso, a nova organização tinha dois times, em relação a número de atletas, e decidiram pela formação da seguinte forma: fNb, (eleito o melhor topo do ano passado), Yampi, Krastyel, Matsukase e Wos, uma formação com bastante bagagem. A partir do terceiro lugar, as coisas estão mais indefinidas, pois Vorax e LOUD estão com seis vitórias.
Nesse time, o maior destaque é o fNb. E no antigo time, ele (carregava) a equipe quando davam vantagens para ele. Nessa nova formação, os primeiros jogos não continuaram com essa estratégia, talvez por isso a dificuldade com as vitórias e também pela formação não estar muito entrosada.
LOUD: Uma nova organização no LoL, mas muito conhecida em outros jogos. Apareceram com uma formação muito experiente, com Tay (último topo campeão do CBLOL) Don Arts (um jogador da selva que veio direto da europa, da BIG, time muito conhecido no cenário) dyNquedo, Duds TheBoy e Ceos. Chegaram muito empolgados e como um dos favoritos. Nos primeiros jogos, jogaram muito bem e ganharam, mas após alguns jogos, aconteceu o que achavam que aconteceria com a RED: os outros times conseguiram ler muito bem o estilo de jogo deles, assim, perdendo alguns jogos seguidos. Mas o time continua como um dos favoritos, pois os jogadores, individualmente, são muito bons, só falta se conectarem mais dentro do jogo. E vale ressaltar o trabalho de marketing da equipe, pois é um time muito conhecido no Free Fire, então a torcida não entendia muito de Lol, pois são jogos totalmente diferentes. Para contornar isso e fazer com que a torcida acolhesse essa nova modalidade, a organização fez um lançamento histórico com conteúdo audiovisual muito bom e nas primeiras partidas fizeram postagens explicando um pouco do jogo para os torcedores.
KaBuM! e-Sports: O time começou o CBLOL desfalcado, pois contrataram dois coreanos, mas os jogadores não chegaram a tempo de começar o campeonato. Por conta disso, jogaram com os reservas no topo e na selva, custando algumas vitórias nos primeiros jogos. Agora, com a formação completa, temos Wizer, Ryan (os dois coreanos), Evrot, Disave e Professor. Antes dos coreanos chegarem, o time chegou a estar em último no campeonato, com uma vitória e três derrotas, mas agora, está com cinco vitórias e cinco derrotas, mostrando assim a tamanha diferença no time com reservas e titulares. E como todos os outros times brasileiros que tem coreanos, eles (carregam o time nas costas). Normalmente, toda vantagem do jogo vai para eles, e se os outros jogadores não irem tão mal, eles conseguem ganhar. Infelizmente, as equipes trazem jogadores muito bons somente para isso. Eles vêm para ganhar muito dinheiro, e os times só querem ganhar o campeonato. Não tem muito foco de melhorar os jogadores brasileiros.
PaiN Gaming: Agora sim… A maior decepção, até agora, do CBLOL. Empatado com a INTZ, com quatro vitórias e seis derrotas, quase fora dos playoffs. Só não está fora porque tem aproveitamento melhor de vitórias que a INTZ. Com o time que chegou na final do ano passado, com brTT, entre outros tantos pontos positivos, não dá para entender o por quê o time está em uma fase ruim, e ainda mais, Luci, o novo suporte coreano do time, chegou para reforçar, mas mesmo assim não tiveram o rendimento esperado. Individualmente são jogadores muito bons, com títulos, mas estão um pouco apagados, principalmente brTT, talvez o principal jogador do time. Em alguns tweets, ad carry falou que estão indo bem nos treinos, mas que na hora do jogo as coisas não saem como esperam, e que Luci está tendo jogos muito abaixo do esperado, o que faz com que o time fique um pouco perdido. E o que muitos reclamaram foi a mudança de suporte, esA foi substituído por Luci.
INTZ: A partir daqui, a sétima colocação, são os times que não vão para os playoffs. Como foi falado no tópico da paiN, essas duas equipes estão empatadas no número de vitórias. Não se sabe se é estratégia, mas a INTZ, na maioria da vezes, começa o campeonato com derrotas e sem um jogo muito bonito, mas com o decorrer do campeonato vai melhorando e na maioria das vezes chega aos playoffs e até na final. Com Boal (o jogador mais novo do time), Revolta, Envy, micaO e Geyong (que veio do academy para substituir Cabu).
Cruzeiro Esports: Mais um dos novos times do CBLOL, a maioria dos jogadores são profissionais há pouco tempo, mais ou menos um ano, que são: Truklax, Sting, NOsFerus, PbO e Hawk. O único que tem mais tempo de CBLOL é o ad carry, PbO. Sem entrosamento e perdidos no mapa, foi como começou o time do Cruzeiro. Estão com três vitórias, que conseguiram em cima dos times que estão em uma fase parecida, mas, hoje, estão com quatro derrotas consecutivas.
FURIA Esports: A FURIA também foi reformulada do ano passado para esse ano. Começando pelo topo, Skeeto chegou e Tyrin foi para a reserva, mas não estava desempenhando como o esperado, e Tyrin voltou a titularidade. Na selva, Follow chegou para substituir St1ng, Anyyy continua no meio, Beenie substitui Alternative, e Damage continua como suporte. O time não se encontra dentro de jogo. Em alguns jogos até conseguem dominar objetivos importantes, pegar vantagem de ouro, mas, talvez, o problema seja em relação a jogabilidade dos jogadores, e por se perderem e não saberem usar a vantagem que conseguem.
Estão com duas vitórias e oito derrotas, mas mesmo assim ainda conseguem se classificar para os playoffs. Ainda tem nove jogos para se recuperarem.
Rensga Esports: Também foi uma equipe que se reestruturou para a franquia do CBLOL, então, mudaram três jogadores. Primeiro, Froststrike chegou para atuar no lugar de Erasus – que foi para o academy da equipe –, Enga no lugar de Blacky, e Trigo para substituir Bydeki – que também foi para o academy. E como a FURIA e mais alguns times, é a primeira vez que os jogadores estão atuando juntos, então ainda não entraram na mesma vibe, ainda não conectaram os pensamentos. Por conta disso, também estão com duas vitórias e oito derrotas.
Agora, vamos entender como o CBLOL está atualmente. É o principal campeonato de LoL no Brasil, que teve sua primeira edição em 2012, e a partir daí só vem crescendo, ano a ano, o número de telespectadores, o valor que o ganhador recebe, a qualidade da game play, e muitas outras áreas, como a maioria dos e-sports hoje em dia. No ano de 2021, tivemos a implantação de um novo formato para o campeonato. Antes disso, o time que ficasse em último lugar era rebaixado para a segunda divisão do LoL, o Circuito Desafiante, e o vencedor do Circuito Desafiante subia para o CBLOL. O penúltimo do CBLOL e o vice campeão do Circuito Desafiante jogavam uma melhor de cinco valendo vaga no CBLOL. Após a mudança de formato, os times não são mais rebaixados, nem sobem para o CBLOL. Os times (Flamengo Esports; RED Canids; Vorax; KaBuM! e-Sports; LOUD; Cruzeiro eSports; INTZ; PaiN Gaming; Rensga Esports e FURIA Esports) compraram a vaga permanente no CBLOL, após apresentarem um plano de evolução no cenário e desembolsarem (a bagatela de) 4 milhões de reais para os times que já competiam. Para novos times, foram 4,4 milhões de reais. Mesmo assim, alguns times tiveram suas propostas recusadas. E ainda temos a “segunda divisão” que agora são com os mesmos times, mas na versão academy.
Mas, com certeza, esse primeiro campeonato, para os times reformulados, é uma experiência. A competitividade vai começar a partir das próximas edições, que os times estarão muito melhores, com os jogadores se entendendo mais facilmente, mais entrosados.
E agora, quem você acha que vai ganhar essa edição do CBLOL? Qual time que terá a pior campanha? Compartilhe suas opiniões com a gente, nos comentários!