Bruno Del Rey apresenta o retrosoul na cena brasileira. O álbum “O que serve de motor” resgata a densidade emocional e estilística do soul e flerta com elementos de blues, jazz, folk, R&B e funk. O Se por um lado o flerte com a subcultura mod britânica dos anos 60 injeta estilo e comportamento, por outro, o flerte com o blues, o soul americano e a escola desse gênero na música brasileira dos anos 70 definem o timbre e a musicalidade desse sergipano radicado em São Paulo.
Bruno Del Rey esteve no Sinfonexp, programa musical do NEXP Podcast, compartilhando tudo sobre sua carreira, seu novo trabalho e as experiências que a estrada trouxe.
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Quem é Bruno Del Rey
Bruno Del Rey está inserido na mesma atmosfera de artistas como Alabama Shakes, Leon Bridges, Sharon Jones & The Dap Kings, Charles Bradley, Tim Maia e Cassiano.
Não se trata de um saudosismo idealizado, mas do clássico como matéria-prima para criar o novo e envolvente. Suas canções invocam uma sonoridade que dialoga com o passado, mas também propõem uma linguagem contemporânea e moderna, trazendo frescor ao estilo que vem sendo chamado de Retrosoul. Bruno Del Rey & A Corte Retrô, banda que o acompanha ao vivo, é, se não o único, sem dúvida o mais fiel representante do gênero no Brasil e vem ganhando destaque no cenário independente por sua cativante estética retrô: sonora e visual. Isso chamou atenção do selo francês Groover Obsessions que assinou com o artista e desde novembro de 2022 lançou 3 de seus singles que, não só figuraram em inúmeras playlists nacionais e internacionais, como foram muito bem recebidos pela mídia independente brasileira e estrangeira, com pautas publicadas em sites de música na França, Inglaterra e México.
Atualmente, Bruno Del Rey dedica-se ao lançamento do seu álbum intitulado “O que serve de motor”, divulgado pelo mesmo selo/distribuidora.
“O que serve de Motor” novo trabalho de Bruno Del Rey
O que serve de motor, de Bruno Del Rey, conta com 10 faixas autorais produzidas por Rafael Aragão. O álbum, lançado pelo selo francês Groover Obsessions, está disponível em todas as plataformas digitais e deve ser lançado em vinil no próximo semestre. “O que serve de motor remete ao que buscamos como combustível, ao que nos faz abrir os olhos, que nos inspira e motiva a seguir adiante, ao que aquece o peito e confere propósito à vida”, comenta Bruno.
Desde 2018, o cantor e compositor Bruno Del Rey vem lançando singles e EPs influenciados pelas raízes do soul e pela música e a estética produzida nos anos 60. Com o surgimento de vozes como Sharon Jones & The Dap Kings, Charles Bradley, até Amy Winehouse, uma crescente cena do chamado retrosoul vem se estabelecendo em todo o mundo. No Brasil, Del Rey tem se destacado como maior representante do estilo, continuando as lições da escola soul brasileira criada por Tim Maia e Cassiano. “Artistas dessa corrente revivalista do soul foram buscar suas referências em cantores e cantoras dos anos 50 e 60, especialmente os americanos. Eu também fui muito influenciado por eles – pelo blues, pelo jazz e finalmente pelo soul americano -, mas sou brasileiro, então fui fundo na influência do gênero aqui no Brasil, desde Wilson Simonal a Tim Maia e Cassiano”, diz o artista.
São 10 faixas (4 em inglês, 6 em português), produzidas por Rafael Aragão. “As letras de Del Rey carregam uma poesia genuína e cativante, fugindo do óbvio. Geralmente sob perspectiva de experiências da alma, por vezes sarcásticas, ácidas, mas, em sua maioria, profundas e reflexivas. A voz parece vir de outra era.
A maneira como Bruno une estética e musicalidade torna seu trabalho cativante e singular”, ressalta o produtor. “Dead Soul”, “O toque amoroso do gin”, que conta com a participação especial de Marco Stoppa, trompetista da Nomade Orquestra, e “There’s a flower blooming in my chest” anteciparam O que serve de motor, lançadas como single. “Bruno Del Rey tem uma voz tão cheia de alma, uma energia retrô. Adorei o nome da canção “There ́s a flower blooming in my chest” e todo aquele repertório de notas altas! Sou muito fã”, destacou Winnie Ama, apresentadora do programa Future Soul and RNB, da rádio Colourful, de Londres (UK), após a música. Em 2022, o artista gravou uma live session no terraço da Fauhaus em que apresenta ao vivo canções, até então inéditas, do projeto. A versão audiovisual gravada para a faixa-título, O que serve de motor, acompanha o lançamento do álbum e já está no YouTube.
A título de curiosidade, Bruno revelou ao apresentador do 69ª edição do Sinfonexp, que seu irmão, também músico, é o baterista do Tagua Tagua, entrevistado do NEXP Podcast.