Tirem as crianças da sala, ou melhor – tirem os adultos da sala. Seria o Rock Gol o sentido total de “Cringe”, pois, em análise, não existe qualquer amante de rock e/ou futebol que não tenha visto as cagadas ensaiadas e o melhor, pior, do futebol brasileiro, com este bate-papo nostálgico agora também em podcast, com Nicolas Kieling, apresentador do Bilíngue, Klaus Simões, Gabriel Tuma e Jefferson Vicente.
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O Rock Gol, da MTV Brasil, rolou em duas etapas, de 1995 a 2008 – a era de ouro e em 2011 e 2013 – a era da queda. Não há alguém desta época que não tenha gritado Cleston em cada defesa ou que não teve um ataque de risos, ao ver Nazi tomado mil gols em alguns anos de jogos, além de que, em curiosidade, o Barão Vermelho possui quatro vice-campeonatos, em 1995, 1997, 1998 e 1999.
Tudo isso foi orquestrado em maioria por Paulo Bonfá e Marco Bianchi (1997 e de 1999 – 2008), que faziam uma narração de primeira, com os melhores bordões e alfinetando os melhores e piores jogadores. Em 1998, o narrador Silvio Luiz foi o grande nome e Soninha marcou os comentários.
A começar pelos maiores campeões: a Comunidade Nin-Jitsu e o Skank possuem três títulos cada, seguidos por dois títulos de Cidade Negra, Natiruts, Br’oz, Forfun, Forgotten Boys, CPM 22, Sabonetes e Toni Platão e uma vez levantado o caneco por Gabriel o Pensador, Sr. Banana, O Rappa, Dread Lion, Baia Rock Boys, Claudinho & Buchecha, Os Morenos, Só Pra Contrariar, Jairzinho, Devótos do Ódio, Simoninha, Nocaute, Afro Reggae, Kiko Zambianchi, Shaaman, Felipe Dylon, Rappin’ Hood, Helião, Supla, Korzus, Xis, Marcelo D2, Leandro Sapucahy, Forfun, Nação Zumbi, Maldita, Sapienza, Zefirina Bomba, Rock Rocket, Leela, Tihuana, Emicida, Rancore e Esteban.
Uma história marcada por momentos emblemáticos e tretas da músicas brasileira, em campo ou fora, com nomes como Tony Garrido, Supla, Samuel Rosa, Marcelo D2, Otto e outros tantos, junto a todos os estilos mesclando amplamente a musicalidade, inclusive com títulos ganhos pelo pagode e pelo hip-hop. Japinha, ex CPM22, em 2013 chegou aos 58 gols e ultrapassou Alexandre, da banda Natiruts, que fez 35 gols, se tornando o artilheiro da competição e Felipe Dylon marcou o 1000º gol da história do RockGol em 2005.
Após o fim, no ano de 2011, com a MTV renovada, houve a tentativa falha de retomada. Marcelo Adnet esteve na narração, o jornalista – Edu Elias era o comentarista e o humorista Paulo Thiefentaler, fazia a reportagem; em 2013, último ano, Daniel Furlan narrava e Juliano Enrico e Paulinho Serra comentavam.
Bola na Fogueira, times estranhos e programas semanais
A bagunça não acontecia só na hora dos jogos, que por sinal era um conjunto das grande atrações. Os programas semanais debatiam os times, as perspectivas do canal e perguntas, literalmente, que deixavam os convidados na fogueira. Além dos músicos, celebridades e jogadores também participavam.
Para os times deixamos alguns nomes como – Chelsicha, Once Pêssegos em Caldas e Fenerbafo, dentre outros, do campeonato de 2007, que fora o mais comentado por Jefferson Vicente e Gabriel Tuma, marcando esta geração acompanhante do RockGol.