Maneskin: Confira o Review do polêmico novo álbum “Rush”

Resenha de Rush do Maneskin

Quando você pensa em música italiana, em nossa mente passam coisas como Laura Pausini, Eros Ramazzotti, Pavarotti ou Andrea Bocelli, há muito tempo que nada vindo da terra da velha bota era entregue ao mundo com tanta popularidade. E usar hoje palavras como viralizar e Itália, lembramos imediatamente da banda de rock Maneskin. 

Maneskin e a popularesca “Begin”

Caso você viva em uma bolha e nunca escutou a música “Begin” que viralizou no instagram e no Tik Tok ou não esteja lembrado, a canção foi uma das mais ouvidas em todo o mundo por meses, sua viralização causou inclusive uma discussão entre artistas, gravadoras, distribuidoras e fãs, se as músicas deveriam ser feitas para serem virais e o Maneskin nunca se posicionou sobre isso. 

E com a premissa de externalizar a sua qualidade e mostrar que é muito mais que apenas uma banda de um sucesso só, até porque há músicas muito melhores que Beggin no disco anterior, o Maneskin se uniu, causou polêmica e lançou um novo álbum.

Rush: o novo álbum do Maneskin

Maneskin - RushLançado em 20 de janeiro de 2023, pela AN Epic Release, braço da Sony Music Internacional, o Maneskin intitulou de “Rush” o seu mais novo trabalho, o álbum traz 17 músicas em 52 minutos e 50 segundos de rock em inglês e italiano.

Para promover o lançamento do disco, os integrantes do Maneskin se casarão no Palazzo Brancaccio, em Roma, durante a cerimônia todos polemizaram ao se beijar, a festa do ‘casamento’ foi com a banda tocando suas músicas.

O álbum tem uma sonoridade muito boa, é uma aposta cheia da banda que foi vice-campeã do X-Factor em 2017, agora o som está amadurecido e precisava ser entregue com o máximo de qualidade possível. A banda mostrou toda a intensidade e abriu o disco com as melhores músicas do novo trabalho. 

Own My Mind” e “Gossip” (música com o guitarrista Tom Morello do Rage Against the Machine), são as melhores opções de escuta, seguida do terceiro single lançado, “Baby Said”. Juntas, essas três músicas são as melhores do álbum. Uma canção que precisa de destaque é “Mark Chapman”, em italiano. 

Gasoline tem um início no contrabaixo que é magistral, experimente ouvir com headphones ou com fones intra auriculares. E por falar nisso, destaca-se o instrumental do Maneskin, há muita qualidade na parte sonora da banda, com um som cativante e bem tocado, é fácil ouvir a maioria das músicas. 

Nem de altos vive o disco “Rush”, a canção “Bla Bla Bla” é talvez a pior música que a banda já fez, de todos os seus trabalhos, é um cansaço sonoro, parece que faltava um música para fechar o álbum e essa canção foi feita às pressas, mas tirando essa, o disco é muito bom. 

O que diferencia “Rush” de outros trabalhos?

Autenticidade, não ter medo de chocar, entregar exatamente o que queria, uma sonoridade explícita e sem medo de que alguém possa não gostar. Essa é a principal característica impressa no lançamento. 

A forma utilizada para chamar o foco para o álbum foi cirúrgica, não importando que eles se casaram, todos se beijaram. Muitos rockeiros acharam a forma da publicidade um tanto quanto agressiva, mas o rock sempre chocou de alguma forma, até o Pantera já foi uma banda parecida com o Steel Panther, acredita? Pois bem. 

Em relação a sonoridade, é um excelente disco, talvez o que os rockeiros precisem, um conjunto de músicas que não se ligam, apenas apreciam músicas e este trabalho é o indicado. Um álbum bom, podemos colocar exatamente assim, bom e ponto, não há algo de extraordinário que outras bandas não façam, mas é necessário termos grupos assim hoje em dia. 

Nota: 7.5

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Sobre Klaus Simões 455 artigos
Jornalista pela FIAM, Técnico em Comunicação Visual pela Etec de São Paulo, especialista em coberturas de eventos, esportivas e musicais, geek e alternativo. Responsável pelo NEXP Podcast.