Em 1923, o aventureiro e legionário Rick O’Connel lidera um grupo de arqueólogos formados pelos irmãos Evelyn e Jonathan Carnahan exploram o deserto do Saara atrás da cidade perdida de Hamunaptra, uma necrópole que esconde vários segredos de tesouros do antigo Egito. Mas, a cidade também abriga a múmia de Imhotep, o sumo sacerdote herege. E quando Evelyn lê um texto do livro dos mortos, Imhotep é acidentalmente trazido de volta à vida…
É impossível dizer que esse filme não marcou uma geração, não é mesmo? Afinal, provavelmente toda a geração que já frequentava os cinemas em 1999 viu esse filme nas telonas ou nas telinhas. E como não se divertir com uma aventura divertida, assustadora em alguns momentos e com bons efeitos especiais? E eu, como um grande aventureiro e explorador do Nexp, vim contar para você alguns segredos sobre esse filme tão querido pelos fãs da sétima arte:
Muita gente não sabe, mas a personagem de Rachel Weisz, Evelyn Carnahan, foi inspirada em uma exploradora real: Lady Evelyn Carnarvon, filha do pesquisador e financiador Lord Carnarvon. Em novembro de 1922, Lady Evelyn Carnarvon, seu pai e o arqueólogo Howard Carter foram as primeiras pessoas a entrar na tumba do faraó egípcio Tutancâmon. O sobrenome da personagem, inclusive, é uma sutil mudança de Carnarvon para Carnahan.
Brendan Fraser foi de George, o Rei da Floresta a aventureiro no Saara! Isso porque Brendan Fraser conseguiu o papel devido ao sucesso de George: O Rei da Floresta e antes dele, Sylvester Stallone e Leonardo DiCaprio foram convidados para assumir o personagem. O diretor Stephen Sommers também comentou mais tarde que Fraser se encaixava perfeitamente no biótipo Errol Flynn, de aventuras de matinê, e capa e espada que ele havia imaginado. E no fim das contas, essa foi a escolha mais assertiva, afinal o O’Connel de Brendan Fraser é praticamente a marca do filme!
E falando em Stephen Sommers, o diretor também não foi a primeira opção do estúdio para o filme. Antes dele, Clive Barker, Joe Dante e George A. Romero estiveram vinculados à direção em diferentes épocas. Até mesmo o Wes Craven (A Hora do Pesadelo e Pânico) foi convidado para o trabalho. Mas foi Sommers que deu a “A Múmia” a cara que o filme tem! Ele não queria que Imhotep fosse uma pessoa se arrastando em bandagens e também não curtia a ideia de uma criatura pegajosa ou gosmenta como um monstro do pântano. Ele queria uma criatura seca e fugir do estilo “gore”. O caminho a seguir foi a captura de movimento, como forma de deixar a figura digital mais humana e crível e assim surgiu a múmia de Imhotep como conhecemos!
A história se passa no Egito, mas o elenco não pisou lá durante as gravações! As filmagens aconteceram em Marrakech e nos arredores de uma pequena cidade de Erfoud no deserto do Saara, ambos no Marrocos e depois para o Reino Unido para a conclusão das filmagens. Para gravar no Marrocos, a produção teve o apoio oficial do exército do Marrocos e era obrigatório um seguro contra sequestro para o elenco, mas Sommers só contou para eles após o fim das filmagens.
O filme foi lançado no dia 7 de maio de 1999 nos Estados Unidos e chegou ao Brasil em 18 de junho de 1999, onde este humilde escritor que vos fala teve o prazer de assistir nos cinemas. Com orçamento estimado de US$80 milhões, o filme rendeu mais de US$415 milhões ao redor do mundo e uma continuação. Falando em continuação, o reboot de 2017, também intitulado “A Múmia”, não tinha meramente a intenção de refazer o clássico, mas introduzir um novo universo, pois a Universal Films queria ter o seu próprio, o “Universo de Monstros da Universal”. Mas após o fiasco do filme com Tom Cruise, a ideia afundou mais que Hamunaptra nas areias do Egito. Para quê mexer em time que está ganhando, né?
“A Múmia” venceu o prêmio de melhor maquiagem no prêmio Saturno e recebeu uma indicação, na categoria de melhor som.
E agora que você já conhece alguns segredos desse filme, que talvez preparar uma pipoquinha e reassistir – ou descobrir – essa aventura épica? Uma dica: Se você tiver o livro dos mortos, é melhor não ler durante o filme! Bom filme!