Sim, todo mundo dá dicas de séries para ver, mas estas três que o NEXP preparou estão imperdíveis e temos certeza que você não vai se arrepender de entrar no Prime Video e assistir a uma delas (ou as três, por que não?).
FLEABAG
Quem não é discípulo de “Fleabag” (2016) hoje em dia? Ou melhor, de Phoebe Waller-Bridge?
Produzida, roteirizada e protagonizada por Phoebe, a série mostra uma mulher solteira de 30 anos lidando com as crises existenciais e trágicas da vida com muito humor, ironia, drama e sofrimento. A premissa principal é a perda recente de sua mãe e da melhor amiga, com quem comandava um café.
Fleabag — cujo nome literal nunca ficamos sabendo, mas nos referimos a ela assim — tem que lidar com seu pai (Bill Paterson), sua madrasta (Olivia Colman), sua irmã Claire (Sian Clifford) e seu cunhado (Brett Gelman). Com esses personagens, é possível ver uma família um tanto quanto disfuncional e problemática que não tem costume de falar muito sobre seus sentimentos.
O que com certeza é a cereja do bolo em “Fleabag” é a quebra da quarta parede, técnica muito utilizada em peças de teatro. Como a série é baseada em uma peça, a protagonista conversa com o público enquanto tem diálogos com os outros personagens; muitas das cenas não teriam a mesma graça se não fosse por essa técnica.
Um spoiler inofensivo: já foi anunciado que não haverá outras temporadas. Se for analisar bem, as duas temporadas são mais do que suficientes para o enredo da série.
THE OFFICE
Um clássico da comédia. Há quem ame, há quem odeie.
Adaptação da versão britânica, “The Office” (2005) é uma série em formato de pseudodocumentário exibida nos EUA. Os episódios mostram o dia a dia de um escritório de uma empresa de papel chamada Dunder Mifflin, em Scranton, na Pensilvânia.
Michael Scott (Steve Carell) é o chefe do escritório e o personagem mais constrangedor que você vai conhecer. Ele tenta ser o centro das atenções, é carente e tenta forçar amizade com seus colaboradores, que claramente não cedem tanto, afinal, ele é o chefe. Scott muitas vezes é preconceituoso e inconveniente, o que colabora ainda mais para o constrangimento tanto de seus funcionários quanto do público do lado de cá.
Outros personagens principais são Jim (John Krasinski), um dos vendedores, Pam (Jenna Fischer), a secretária, e Dwight (Rainn Wilson), outro vendedor que é um puxa-saco do chefe. Além disso, também temos Kelly (Mindy Kaling, que inclusive foi roteirista da série).
Assim como “Fleabag”, algo que dá um peso decisivo para a graça de “The Office” é que os personagens conversam e olham para a câmera, então parece que estão conversando e interagindo com o público, o que dá um tom mais engraçado e realista. Diferentemente de várias sitcoms americanas, a série não tem aqueles aplausos e risadas “forçadas” por trás.
Por que “há quem ame, há quem odeie”?
A primeira temporada é um pouco mais engessada e baseada na versão britânica, então muitos desistem quando começam a assistir (mas juramos que vale a pena continuar vendo tudo até o final). Outro fator é o constrangimento e vergonha alheia que se sente assistindo às atitudes dos personagens, principalmente de Michael Scott. Sim, de fato chega em momentos que você só quer ficar pausando para não ter que continuar vendo aquilo, mas tudo faz parte do enredo e vale muito a pena.
Se quiser ver alguns memes e trechos da série para ver se te convence a assistir, a Rolling Stone separou os principais (pode conter alguns pequenos spoilers).
LITTLE FIRES EVERYWHERE
Totalmente o oposto das outras duas acima, “Little Fires Everywhere” (2020) é uma minissérie de drama, repleta de mágoas, vingança, amizade e muitos segredos. A série é baseada em um livro de romance homônimo.
A história gira em torno da família rica de Elena (Reese Witherspoon) que vê sua vida ser virada de cabeça para baixo com a chegada de Mia (Kerry Washington) e sua filha Pearl (Lexi Underwood), de uma classe social mais baixa, na cidade suburbana de Shaker Heights, Ohio (EUA).
A vida das duas famílias são entrelaçadas, com muitos conflitos raciais (racismo estrutural e privilégio branco) e disputa de maternidade. Elena tem quatro filhos, e suas duas filhas veem na Mia uma mãe que sempre sonharam, mais compreensível e mente aberta; por sua vez, Pearl vê na família de Elena um lar mais estruturado e acolhedor. Além dessas duas famílias, a série mostra outras relações de maternidade e mostra a realidade, sem romantizações.
Os segredos do passado que perseguem Elena e Mia virão à tona e atrapalharão a vida que estão tentando manter e reconstruir, respectivamente. As duas atrizes são impecáveis e nesses papéis mais ainda.
Não se sabe ainda se haverá uma segunda temporada, pois “Little Fires Everywhere” é intitulado como minissérie. Porém, assim como “Fleabag”, a série também está bem concluída.
Assistiu a alguma e gostou? Compartilha com a gente!